As Melhores do "Vai..."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

DilmaBoy

Vale a pena confefir:



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ouvidos de ouvir




Uma reunião com índios americanos revela um ensinamento importante e urgente.

Agrupados os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Todos calados à espera do pensamento essencial.

Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem.

Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.

Esses pensamentos são estranhos aos demais. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se alguém falar logo a seguir, são duas as possibilidades que se pode pensar.

Primeira - quem falou está dizendo: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua fala.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, está se chamando o outro de tolo. O que é pior do que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz silêncio dentro, começa-se a ouvir coisas que não se ouvia. 
Muitos são os cursos oferecidos pelo mundo afora, pretendendo ensinar a falar. Ter uma boa oratória é fundamental nos dias de hoje.

Mas será que apenas saber falar é suficiente? Não estamos esquecendo o que vem antes? Não estamos esquecendo de aprender a ouvir?

Não existem cursos de escutatória, é certo, mas aprender a ouvir corretamente é de suprema importância.

A postura humilde de quem ouve, de quem presta atenção nas palavras do outro, do que o outro diz ou não diz, é a postura do homem de bem.

Ninguém se educa, ninguém cresce, se não aprende a escutar.

Alberto Caieiro dizia que não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Silêncio dentro da alma significa que os pensamentos devem emudecer de quando em vez.

As ideias preconcebidas, a tal maneira como sempre pensei, devem calar um pouco, e considerar algo distinto, saborear o novo.

Todos os grandes da Terra souberam ouvir, souberam se desprender de suas ideias e considerar novas, considerar o algo mais.

Grandes escritores são antes grandes leitores. Sabem escutar outros livros, antes de recitar os seus próprios.

Que possamos aprender a ouvir mais, a respeitar mais a opinião do outro, e assim aprender com todos, independente se sabem mais ou menos do que nós.

Exercitemos a tal escutatória e cultivemos o silêncio na alma, nos pensamentos.

Beijo a todos

@luizamara

Nova adesão!!!

Caro Mentor,

Temos uma adesão ilustre no nosso espaco a querida amiga @santuzzasouza. Foi aprovada sua entrada no comando geral do campanha!!!

Um Aooooaaaaaaaaaaaaaaa para nova #chupisca!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Futebol, crime e política

Autor(es): Luiz Werneck Vianna
Valor Econômico - 12/07/2010


O assassinato de Eliza Samudio em que está envolvido como suspeito o goleiro Bruno, ex-capitão do Flamengo, vencedor do último campeonato brasileiro de futebol, não deve ficar confinado às páginas do noticiário policial. O horror que ele suscita por seu enredo escabroso, a história dos personagens, a gratuidade do crime, a forma da execução - os restos mortais da vítima foram lançados a cães para serem devorados -, a presença do mal em estado bruto, tudo isso reclama que se olhe para além das patologias dos indivíduos já indiciados como culpados. Em primeiro lugar para o clube, agremiação mais que centenária, e para a estrutura do futebol, o esporte de massas que é uma paixão nacional. Em segundo, para o tipo de sociabilidade selvagem, à margem da vida civil, que se reproduz em escala crescente e que encontra na cultura do narcotráfico e do consumismo, alçado a valor supremo, os seus paradigmas.

Bruno, um dos mais altos salários do seu clube, era uma liderança, portando a braçadeira de capitão por indicação de seus dirigentes, em que pese várias manifestações arrogantes de sua parte, inclusive nas relações com o seu técnico, e já se envolvera, com alguns colegas, em escândalos públicos em festas promovidas em domínios territoriais do narcotráfico. Em uma dessas ocasiões, proferiu uma declaração em que, explicitamente, admitiu ser normal a violência física entre casais, e, embora sua agremiação desportiva fosse dirigida por uma mulher - uma ex-atleta olímpica -, manteve a honraria da braçadeira.

Registre-se, ainda, que dois companheiros de clube, como o noticiário esportivo com frequência denunciava, eram contumazes participantes de pagodes em redutos do crime organizado, um deles fotografado ao lado de marginais armados com metralhadoras, o outro levado à polícia para esclarecer relações mercantis com notórias lideranças do mundo do tráfico em favelas cariocas.

Em todos os casos, o clube optou pela contemporização, em nome certamente de uma política de resultados, uma vez que esses jogadores se notabilizavam por seus feitos nas competições. E o que importa aí é deslocar o foco para a estrutura do nosso futebol, com sua organização autocrática, dominada por um vértice que se eterniza no poder, apenas orientada para a produção de vitórias nas competições, inteiramente arredia às possibilidades de fazer do futebol, com sua penetração capilar na vida do povo, um instrumento de educação de massas.

Para ela, o futebol do país se resume a ser mais um ator no processo de globalização dessa atividade esportiva graças à qualidade dos seus praticantes, um celeiro de craques de exportação. Nesse sentido, a expressão esportiva e cultural que ele representa se encontra crescentemente contaminada pela ameaça de ser submetida inteiramente à lógica mercantil. E não à toa não se pode mais descrever a sua história atual sem incluir o papel dos empresários no recrutamento de jovens jogadores talentosos que passam a administrar suas carreiras, relegando o papel das agremiações esportivas a um lugar subordinado, quando não inteiramente ausente, na sua formação como homens e cidadãos.

Os frutos bem-sucedidos desse sistema se convertem em mercadorias do mercado globalizado do futebol, as transferências para os milionários clubes europeus, para onde migram cada vez mais jovens, significando a realização de suas carreiras. Nada mais natural que seus praticantes, desde cedo sem tempo para se dedicarem aos estudos, encapsulados na bolha do mundo do futebol, manifestem fortes opções religiosas, em geral pentecostais, aí encontrando escoras emocionais que lhes permitam suportar as pressões do mercado que condiciona suas vidas.

Sem essas escoras, seus profissionais, com uma educação formal em geral precária, muitos vindos de lares destroçados - o caso de Bruno -, se veem à mercê da cultura do consumismo, o tempo livre de jogos e treinamentos dissipados em meio a uma legião de fãs, sua presença prestigiosa disputada em pagodes e orgias em que são convidados de honra. Os clubes, indiferentes ao comportamento dos seus profissionais, cerram os olhos a seus desvios de conduta, por sua vez prisioneiros da lógica de resultados que comanda o futebol. Assim, os clubes e seus heróis do maior esporte de massas do país, que poderiam exercer um papel na difusão dos valores civis na formação da juventude, tornam-se uma vitrine a estimular o hedonismo e o comportamento narcísico.

Futebol é cultura - no nosso caso uma de suas mais vigorosas manifestações -, fazendo as vezes de uma escola moderna em que se ensina a competir sob a jurisdição de regras interpretadas por um árbitro e que são de prévio conhecimento dos seus praticantes e do seu público. Atividade generalizada na juventude do nosso país, presente no mais remoto dos rincões, a política e os partidos não podem ser estranhos a ela, esperando-se da sua intervenção a criação de regras que venham a atuar no processo de formação dos seus profissionais, que chegam a ela, em muitos casos, como pré-adolescentes. De outra parte, cabe à opinião pública, reclamar que os clubes adotem padrões de conduta que impeçam os seus atletas de manterem relações privilegiadas com o submundo da criminalidade.

Entre tantos fatos estarrecedores no caso de Bruno, está a revelação de que ele estava conscientemente envolvido com personagens e com os padrões vigentes nas redes do crime organizado. Só faltou o uso de micro-ondas na eliminação da pobre Eliza para tornar ainda mais evidente as impressões digitais da cultura do narcotráfico nesse caso.

Fonte: Valor

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aos Amigos (as) rumo a vitória....

Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Autor: Carlos Drummond de Andrade

O Brasil encontrou o seu caminho. Divulgue.

Excelente entrevista do economista Paulo Nogueira Batista Júnior, do qual este blogueiro acompanha há um certo tempo, principalmente como entrevistado em programas da TV Cultura.

Na verdade é gostoso ler o poscionamento do economista pela forma como o Brasil vem superando os desafios desta primeira década do século XXI, quebrando paradigmas e principalmente dógmas dos economistas que ajudaram a quebrar um país do potencial que o Brasil tem, com imensos recursos naturais e humanos.

Aliás, há um bom tempo atrás Rui Barbosa já dizia que este país não tinha problemas, mas potencialidades adiadas. E com um pouco de gestão pública e políticas públicas de melhoramento da renda do trabalhador brasileiro este país desmonta como uma das grandes nações deste século.

Importante também o que está em jogo nesta eleições é o país que queremos, é o modelo de Gestão Pública, de Naçao soberana e independente que queremos construir.

Vamos jogar fora o estigma de país de segunda classe, o qual não tinha projeto de desenvolvimento para o seu povo.

Hoje, o Brasil tem um norte, de ser uma das maiores nações do século XXI, mas com justiça social e desenvolvimento de todo o povo brasileirro.

Importante notar como o povo não fala mais em fora FMI, importante notar que não temos mais pessoas do FMI e de organizações internacionais dizendo o que devemos fazer. Importante notar que depois de sete anos de goveno Lula ninguém nem sabe mais o que é ALCA, dívida externa, dependência política e econômica de pessoas de fora deste país.

Agora temos sim, as viúvas do tempo em que o país era dependente do capital especulativo, das privatizações, da entrega do patrimôminio público e de privilégios de empresas americanas nos negócios brasileiros.

Temos agora um olhar para dentro deste país e não para fora. Aqui estão as melhores oportunidades para o povo brasileiro, que precisa agora se preparar, buscar o autodesenvolvimento, planejar suas carreiras profissionais porque o Brasil encontrou o seu caminho.
“Brasil abandonou as ilusões da globalização”, diz diretor do FMI
“Qual a avaliação sobre o desempenho dos países em desenvolvimento na crise financeira mundial, iniciada em 2008?

Foi uma grande surpresa. Os países em desenvolvimento, em sua maioria, enfrentaram a crise razoavelmente bem. O Brasil se destacou nesse particular. Muito do prestigio atual do país se deve à percepção de que o Brasil soube lidar bem com os choques externos em 2008 e 2009. Houve a maior crise desde a Grande Depressão dos anos 1930, e o Brasil não só não teve grandes problemas em suas contas externas, como virou credor do FMI! Quem diria!

Que significado tem dentro e fora do FMI a mudança de posição do Brasil de devedor para credor externo?

Hoje a nossa posição é outra. A influência do Brasil no exterior, inclusive no FMI, G20, é crescente. O Brasil tem demonstrado capacidade de atuar de forma independente. Nem todos os emergentes têm essa capacidade. Houve, acredito, uma mudança enorme na posição internacional do país. Temos que trabalhar para manter e consolidar essa posição mais forte. Para isso, é importante, entre outras coisas, manter as contas em ordem e evitar a dependência de capitais externos.

Quais vantagens competitivas o senhor vê no Brasil em relação aos outros países?

O Brasil é um país-continente. É um dos maiores do mundo em termos de PIB [Produto Interno Bruto], população e extensão geográfica. Tem recursos naturais abundantes. Uma população ativa e criativa. Sempre acreditei, mesmo nos piores momentos durante os anos 1980 e 1990, no futuro do país e no seu potencial. Passamos por muito sofrimento, muita decepção, mas agora tomamos o rumo do desenvolvimento com independência. “A independência é para os povos, o que a liberdade é para o individuo”, dizia De Gaullle. Depois de muita cabeçada, parece que finalmente o Brasil encontrou o seu caminho, abandonando as ilusões sobre “globalização”, fim do Estado nacional e outras que nos seduziram na década de 1990.

O Brasil pode se tornar a 5ª maior economia do mundo, como algums preveem? É difícil prever. Mas o Brasil deve continuar crescendo mais do que a média mundial. Para continuar crescendo, é importante manter políticas econômicas sólidas, estimular o investimento e não se deixar inibir pelas estimativas pessimistas que muitos economistas fazem sobre o nosso “crescimento potencial”. Essas estimativas são mais incertas do que se imagina. Não me parece exagerado buscar metas de crescimento ambiciosas, digamos, de 6% ao ano nos próximos anos.

Como o senhor vê os recentes desdobramentos da crise mundial na União Europeia e sobretudo os riscos para países em desenvolvimento?

A crise europeia não está resolvida. A tensão diminuiu, mas o quadro é de fragilidade. A perspectiva é de estagnação ou crescimento lento. Como ela representa mais de 20% do PIB mundial, um efeito adverso no resto do mundo é inevitável. Para o Brasil, o mercado europeu é importante e, portanto, a crise afeta as nossas exportações e provavelmente os preços das commodities (soja, minério de ferro) exportadas pelo país. Mas a posição brasileira é bastante boa. Temos reservas altas, contas razoavelmente sólidas, crescimento econômico robusto. A imagem do Brasil no exterior é muito favorável. A principal fragilidade, a meu ver, é o desequilíbrio crescente das contas externas correntes. Isso resulta da combinação de crescimento rápido e moeda valorizada. O Brasil está crescendo bem mais do que a maioria das principais economias. E os nossos juros são muito mais altos do que os praticados pelos principais bancos centrais do mundo.

Como andam as discussões para reformar o sistema financeiro internacional e até mesmo o FMI?

As reformas do FMI estão caminhando. A grande resistência é dos europeus, que estão super-representados na instituição e relutam muito em ceder espaço. Muito dinheiro foi e está sendo colocado no FMI desde a crise global. A briga interna, a disputa pelo poder dentro da instituição, se intensificou. Quanto à reforma financeira, houve progresso, mas não tanto quanto se poderia esperar. Afinal, as deficiências do sistema financeiro, da sua regulação e supervisão, tanto nos EUA como na Europa, provocaram uma crise fenomenal. O problema é que a influência dos lobbies financeiros é enorme. Os governos, pressionados pela opinião publica, estão enfrentando esses lobbies, com maior ou menor sucesso, mas a batalha é dura.

terça-feira, 6 de julho de 2010

De Tempo Ao Tempo

Tudo tem seu tempo.
Todas as coisas têm o seu tempo.
Há um tempo de nascer e um tempo de morrer.
Há um tempo de plantar.
Há um tempo de se arrancar o que se plantou.
Há tempo de matar e tempo de sarar.
Há tempo de destruir e tempo de edificar.
Há tempo de chorar e tempo de rir.
Há tempo de se afligir e tempo de dançar.
Há tempo de espalhar pedras e tempo de as ajuntar.
Há tempo de dar abraços e tempo de se afastar deles.
Há tempo de adquirir e tempo de perder.
Há tempo de calar e tempo de falar.
Há tempo de amor e tempo de ódio.
Há tempo de guerra e tempo de paz.
Reconheço que não há nada melhor do que alegrar-se e fazer o bem enquanto me resta a vida, pois elaé um dom de Deus.
E devo vivê-la da melhor forma possível.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Façam suas apostas

VALDO CRUZ

Façam suas apostas

BRASÍLIA - No início da semana passada, quando os pesquisadores do Datafolha ainda começavam seus trabalhos, o futuro presidente do PT, José Eduardo Dutra, vaticinou. "A Dilma vai bater nos 23%. Pode escrever e me cobrar."
Pesquisa publicada, Dutra fez questão de ligar e lembrar seu prognóstico. Animado com sua pontaria certeira, lançou mais dois exercícios de futurologia: a petista atinge 30% em março e, no início da campanha, estará empatada com o tucano José Serra.
Claro que os 23% cantados por Dutra, antes mesmo de a pesquisa ser concluída, estavam baseados nos levantamentos que o partido faz. Eles indicavam crescimento da intenção de votos da ministra, que seria turbinada pelo programa do PT na televisão veiculado no início de dezembro.
As apostas de março e junho, contudo, estão mais no campo dos sonhos, em primeiro lugar, e da crença de que dará certo um planejamento que o governo Lula montou para alavancar a ministra Dilma Rousseff no ano eleitoral.
Depois de um período de férias, ela vai começar a cumprir uma agenda de pré-candidata nos finais de semana. Será uma maratona de eventos até a realização do Congresso do PT, no fim de fevereiro, quando será lançada oficialmente candidata do partido.
Será um trabalho voltado principalmente para a militância petista, para que ela conheça a candidata do partido e se envolva no processo eleitoral. Depois, virá um roteiro de viagens pós-saída do ministério, em abril, para corrigir fraquezas no seu desempenho eleitoral.
Tudo bem, as apostas de Dutra, hoje, não passam de apostas. Mas baseadas num planejamento discutido, aprovado e rediscutido por um comando de campanha.
Aí está, no momento, a diferença entre os mundos petista e tucano. Enquanto um trabalha, o outro fica se escondendo, sem mostrar a cara. Quem acorda mais cedo costuma chegar antes. A conferir.