As Melhores do "Vai..."

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FELIZ 2011

Que nesse ano possamos sonhar,
E acreditar, de coração, que podemos realizar cada um de nossos sonhos,
Que esses sonhos possam ser compartilhados pelo bem,
E que eles tenham força de transformar velhos inimigos em novos amigos verdadeiros,
Que nesse ano possamos abraçar,
E repartir calor e carinho,
Que isso não seja um ato de um momento,
Mas a história de uma vida.
Que nesse ano possamos beijar,
E com os olhos fechados, tocar o sabor da alma,
Que tenhamos tempo para sentir toda a beleza da vida,
E que saibamos senti-la em cada coisa simples,
Que nesse ano possamos sorrir,
E contagiar a todos com uma alegria verdadeira,
Que não sejam necessárias grandes justificativas para nosso sorriso,
Apenas a brisa do viver,
Que nesse ano possamos cantar,
E dizer coisas da vida,
Que não sejam apenas músicas e letras, 
Mas que sejam canções e sentimentos,
Que nesse ano possamos agradecer,
E expressar a Deus e a todos: “Muito Obrigado!”,
Que nesse “todos” não sejam incluídos apenas os amigos,
Mas também aqueles que, nos colocando dificuldades, nos deram oportunidades de sermos melhores. 
E assim começamos mais um Ano Novo,
Um dia que nasce, um primeiro passo, um longo caminho, 
Um desafio, uma oportunidade e um pensamento:
“Que nesse ano sejamos, Todos, Muito Felizes!”

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL AMIGOS!

Formam-se nuvens de esperança num céu de bondade,
Em cada coração há uma enorme desejo de felicidade e alegria!
Lares se iluminam numa magia sem qualquer maldade,
Iniludível, apenas o amor engrandece este lindo e peculiar dia...
Zelando totalmente pela nossa total paz e harmonia!
No íntimo de cada um de nós está o sentimento mais puro,
Aquele que norteia o significado verdadeiro da comemoração,
Todos sabem que Jesus é o nosso salvador e o porto seguro,
Aquarela de todas as emoções num só bondoso coração,
Libertando em todos nós os termos da sublime doação!
Alegria em cada rosto sem mascarar a tristeza,
Mudanças de atitudes e gestos de solidariedade,
Inquietação vestida da mais simples e calorosa nobreza,
Guardando em cada Ser o sentindo da sua própria verdade,
Originando a fagulha da mais verdadeira e sincera felicidade,
Somamos nossas expectativas numa única vontade: PAZ

Um sonoro VAIIIIII a todos!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

SOLIDARIEDADE Vamos ajudar nosso AMIGO...

Meus amigos, um grande amigo nosso precisa de nossa ajuda, venho aqui para pedir que todos colaborem, com qualquer quantia, o que vocês puderem doar será de grande AJUDA.

Se cada um ajudar um pouco chegaremos rapidamente a quantia necessária para salvar este nosso Querido AMIGO.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Este ano eu serei um Papai Noel, e vc?


NATAL2010 - Que tal ir nos Correios e pegar uma das 17 milhões de cartinhas de crianças e ser o Papai Noel delas? Tem pedidos inacreditáveis. Tem criança pedindo um panetone, uma blusa de frio para a avó... É uma idéia. É só pegar a carta, entregar o presente nos correios até dia 20 de Dezembro. O próprio correio se encarrega de fazer a entrega!

Fica a Dica!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Serra em transe

Fernando de Barros e Silva

Não resisto a uma provocação inicial: a blogosfera estaria em polvorosa e os serviços da ombudsman da Folha amanheceriam entupidos de mensagens indignadas contra o jornal se a notícia não dissesse respeito a Monica Serra, mas a Dilma Rousseff.

Isso dito, é claro que é polêmica a publicação do relato de uma ex-aluna da mulher de Serra dando conta de que ela (Monica), em sala de aula, revelou já ter praticado um aborto. Não se trata de uma notícia qualquer. Ela coloca em conflito o direito à informação, de um lado, e o direito à privacidade, de outro.

Haverá, neste caso, bons argumentos a favor e contra a publicação. Penso que a Folha acertou, por duas razões principais: com o aborto alçado a tópico da disputa eleitoral (e por obra de Serra), o episódio passou a envolver evidente interesse público. E, tão importante quanto isso: Monica Serra havia dito, há um mês, em campanha pelo marido no Rio, que Dilma era a favor de "matar criancinhas", numa clara alusão à posição da petista sobre o aborto. Ao assumir como sua, e nos termos que fez, a campanha do marido, Monica fixou para si as regras do jogo que estaria disposta a jogar.

O caso (tão desconfortável, tão cheio de implicações desagradáveis a quem o aborda) permite, ou exige, uma reflexão de ordem mais geral. O PT tem sido acusado, quase sempre com razão, de ser capaz de qualquer coisa para se manter no poder. Isso virou um mantra, a despeito da sua veracidade. Mas Serra não está se revelando, já faz tempo, alguém disposto a pagar qualquer preço para chegar ao poder?

Essa pantomima de devoção e carolice que se apossou da campanha tucana (e que nada tem a ver, como parece óbvio, com respeito efetivo pela religiosidade do povo) é a expressão patética de que tudo (biografia, valores, familiares) está sendo sacrificado em nome de uma ideia fixa. Serra sonha ser presidente. Mas se parece, cada vez mais, com o personagem de Paulo Autran em "Terra em Transe".

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"DIZIAM QUE EU ERA REPRESENTANTE DO DIABO"

Fernando Santos - 25.out.1993/ Folhapress

A senadora Eva Blay em debate sobre aborto, em 1993

Eva Blay (PSDB-SP), suplente de Fernando Henrique Cardoso que assumiu o Senado em 1993, quando ele virou ministro do governo Itamar Franco, apresentou um projeto para legalizar a prática do aborto no Brasil. Ela relembra que quase foi agredida por grupos religiosos "extremamente violentos" e diz não acreditar que a discussão tenha tirado votos do PT na reta final do primeiro turno eleitoral.



Folha - A senhora apresentou um projeto para legalizar o aborto e ele foi arquivado. Como vê o assunto voltar ao centro dos debates no Brasil?
Eva Blay - Está havendo uma confusão muito grande. Este é um problema da sociedade civil, que tem múltiplas posições a respeito da questão. E infelizmente determinadas igrejas ficam pressionando por uma questão que é de saúde pública.

Como foram as pressões na época do seu projeto?
Convidei pessoas das mais diferentes posições para um debate: cientistas, políticos, várias igrejas. Em Brasília existe um movimento católico carismático que é extremamente violento. Eles invadiram o Senado gritando e carregando cartazes que me agrediam muito fortemente. Diziam que eu era representante do diabo, fizeram insinuações sobre a minha posição como judia. Fizeram uma missa em pleno corredor. E alguns funcionários -isso foi gravíssimo- do Senado que tinham posição contrária ao projeto gritavam e tentavam me agredir. Quem me salvou foi a [senadora] Benedita da Silva [PT-RJ].

Como?
A Benedita tinha ido lá para dar um depoimento terrível. Ela é contra, por suas convicções [Benedita é evangélica]. Mas disse que fez um aborto [quando jovem] porque não queria colocar no mundo mais uma criança para morrer de fome. Todo mundo chorou. Quando [os manifestantes] começaram a me cercar, a Benedita chamou a segurança. Minha filha, que estava lá assistindo, gritava: "Mãe, não responde, não responde!". Ela ficou apavorada.

A igreja interdita o debate?
Eu não sei se é a Igreja Católica como um todo ou se é uma facção. Pela minha experiência, eu acho que é pior com esse grupo carismático. Mas nós vivemos numa República. Eu tenho a referência do judaísmo, que não proíbe o aborto, principalmente quando se trata da saúde da mulher. Uma coisa é a descriminalização. A outra é "vamos fazer aborto livre". Olha, o poder da igreja é muito grande no Brasil. Até na Itália, que é um país católico, foi feito um plebiscito e o aborto hoje é legal.

O aborto tirou votos da candidata do PT?
Eu não acredito. Acho que foi só um argumento para enganar, sabe? Eles [partidários da candidatura de Dilma Rousseff] têm que explicar porque a Marina [Silva] subiu, né? E por que o Lula não conseguiu emplacar.
Fonte: folha de SP

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Nosso mais novo e sutil membro

A Campanha Internacional “VAI” esta muito feliz!! E por determinação do Nobre Mentor Intelectual @itabhia28 estamos saudando, com boas vindas o seu mais novo integrante de nossa Instituição Secreta, trata-se do querido e festivo “GÚ”(@GustavoAguiar13), que virá certamente, trazer um colorido especial para a Campanha Internacional “VAI”.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nem só de políticos profissionais são feitas as eleições




Rio de Janeiro, 24 ago (EFE).- As opções são muitas: humoristas, ex-prostitutas, modelos, personalidades "estrangeiras", atletas e pessoas dos mais diversos setores da sociedade estão no universo de 20.335 candidatos para as eleições do próximo dia 3 de outubro.
A atenção da imprensa e do eleitorado está na escolha do sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão trouxe para os lares brasileiros milhares de desconhecidos que sonham fazer da política seu meio de vida.
Além de presidente, cargo para o qual concorrem nove candidatos, serão escolhidos 27 governadores, 54 senadores (dois terços do total) e todos os titulares da Câmara dos Deputados e das assembléias legislativas, cargos que são alvo da cobiça de veteranos e novatos na política.
O humorista Tiririca, que ficou famoso com a música "Florentina", apresenta sua candidatura a deputado federal por São Paulo com um slogan que seria cômico se não fosse trágico: "Vote no Tiririca, pior do que está não fica".
Filiado ao Partido da República (PR), Tiririca não apresenta nenhuma proposta em seu programa eleitoral, mas em um de seus vídeos usa sua falta de experiência política para pedir o voto.
"O que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", afirma.
Entre estrelas (nem todas de primeira grandeza) da televisão, há muitos outros candidatos, entre cantores, atores e até dançarinas, que decidiram testar a popularidade e chegar à política.
Suéllem Rocha, de 23 anos, é uma delas. Mais conhecida como Mulher Pera por sua fina cintura, quadris avantajados e espartilho apertado, que lembram vagamente a forma da fruta, ela tenta se eleger deputada federal pelo nanico Partido Trabalhista Nacional (PTN) em São Paulo.
Cantora, repórter e modelo, segundo seu site, a Mulher Pera apresentou uma foto com decote generoso para ser exibida na urna eletrônica, e conta com o apoio de nomes de peso no mundo da política, como o senador Eduardo Suplicy, do Partido dos Trabalhadores (PT).
"Vote na Pera para ser feliz" e "Os jovens votam nos jovens" são as palavras de ordem da candidata em sua campanha para chegar à Câmara.
Com o slogan de duplo sentido "Uma puta deputada", a ex-prostituta Gabriela Leite, de 58 anos, é candidata a deputada federal pelo Partido Verde (PV) no Rio de Janeiro com um discurso franco, que critica expressões politicamente corretas, como "profissionais do sexo", pois considera que servem para esconder preconceitos sociais.
Gabriela, fundadora da ONG Davida, dedicada à prevenção da aids e defesa dos direitos das prostitutas, que reúne 4.500 mulheres no estado do Rio, e da marca Daspu, de roupas para garotas de programa, também é autora de um livro sobre sua vida.
O mundo artístico também deu a estas eleições outros candidatos, como o cantor, ator e apresentador Netinho de Paula, líder do grupo de pagode Negritude Jr., que há dois anos foi eleito vereador de São Paulo e agora quer voar mais alto, até o Senado, pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
O ataque brasileiro na conquista do Tetra, em 1994, formado por Romário e Bebeto, faz parte do leque eleitoral, para desta vez marcar gols na política. Entretanto, agora, cada um está de um lado, visando balizas diferentes.
Romário é candidato a deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Rio, enquanto Bebeto se inscreveu para deputado estadual, também no estado fluminense, pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
Como a lei eleitoral permite a escolha de nomes diferentes daqueles que estão na carteira de identidade e do título de eleitor, as curiosidades vão longe.
Desta forma, Rosemar Luiz da Rosa Lopes é "Barack Obama", candidato a deputado federal do Partido Social Cristão (PSC) no Rio Grande do Sul, e Adolphino Rosário Cruz é "Nelson Mandela", que também busca o mesmo cargo, pelo Partido Progressista (PP) em São Paulo.
Entre os candidatos há também médicos, professores, carteiros, bombeiros, padeiros, policiais, cabeleireiros, ex-militares, ex-atletas e um sem-número de desconhecidos que, em suas aparições televisivas, de poucos segundos, só conseguem dizer seus nomes, partidos e números, sem apresentar nenhuma proposta.
Tudo é possível na política brasileira.

FONTE: Alba Fernández Candial.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

SER MINEIRO


"Ser Mineiro é não dizer o que faz, nem o que vai fazer. É fingir que não sabe aquilo que sabe, é falar pouco e escutar muito, é passar por bobo e ser inteligente, é vender queijos e possuir bancos. Um bom Mineiro não laça boi com embira, não dá rasteira no vento, não pisa no escuro, não anda no molhado, não estica conversa com estranhos, só acredita na fumaça quando vê fogo, só arrisca quando tem certeza, não troca um pássaro na mão por dois voando. Ser Mineiro é dizer UAI, é ser diferente e ter marca registrada, é ter história. Ser Mineiro é ter simplicidade e pureza, humildade e modéstia, coragem e bravura, fidalguia e elegância. Ser Mineiro é ver o nascer do sol e o brilhar da lua, é ouvir o cantar dos pássaros e o mugir do gado, é sentir o despertar do tempo e o amanhecer da vida. Ser Mineiro é ser religioso, conservador, é cultivar as letras e as artes, é ser poeta e literato, é gostar de política e amar a liberdade, é viver nas montanhas, é ter vida interior. É ser gente."

Guimarães Rosa 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MARCOS COIMBRA - As pesquisas públicas

Não são todas as campanhas que conseguem, mas todas que podem montam sistemas para acompanhar os humores do eleitorado por meio de pesquisas
Marcos Coimbra
Sociólogo e cientista político


Quando escrevem sobre pesquisas, alguns jornalistas mostram não conhecer bem o papel que elas têm hoje nas campanhas políticas. Curioso é que mesmo profissionais tarimbados costumam revelar esse desconhecimento e não apenas os jovens repórteres no início de carreira.

Em momentos iguais a este, de aproximação das eleições, veem-se exemplos disso a toda hora. Como saem pesquisas com muita frequência, a imprensa está sempre cheia de matérias que as citam, nas quais se percebe a desinformação de seus autores sobre o que acontece no quartel-general das candidaturas.

Não são todas as campanhas que conseguem, mas todas que podem montam sistemas para acompanhar os humores do eleitorado por meio de pesquisas. À medida que aumenta a importância do cargo em disputa e sobe a capacidade de arrecadação, maior é o arsenal de pesquisas próprias que mandam realizar, para uso de coordenadores e estrategistas.

Faz tempo que as pesquisas quantitativas de intenção de voto se tornaram apenas o pedaço visível desses projetos, pois eles envolvem inúmeros outros levantamentos cujos resultados não são divulgados ou comentados. Ou seja: o que se vê é somente a ponta de um iceberg, cuja parte maior permanece submersa.

No mundo real das campanhas, grande destaque é dado às pesquisas qualitativas, indispensáveis à formulação de estratégias de comunicação. São elas que permitem entender as razões e motivos dos eleitores, por que preferem um candidato em detrimento de outros, o que esperam da eleição, o que não sabem e gostariam de saber dos candidatos. Os marqueteiros costumam olhá-las com mais interesse que os resultados das quantitativas, cujo objetivo é medir quantos pensam de uma maneira ou de outra, bem como identificar que variações existem entre os segmentos (socioeconômicos ou geográficos) do eleitorado.

As campanhas de Serra e de Dilma estão fazendo pesquisas desde muito antes do lançamento oficial das candidaturas. Seus partidos têm o hábito de pesquisar, possuem institutos que tradicionalmente lhes prestam serviços e contam com especialistas, internos e de fora de seus quadros, para assessorá-los em sua análise. A esta altura do processo eleitoral, já fizeram alguns (muitos) milhares de entrevistas e (várias) dezenas de discussões em grupo, a técnica qualitativa mais empregada. Ambos têm em mãos longas séries de pesquisas em todo o país, estado por estado, sempre usando questionários mais elaborados e detalhados que aqueles que se veem na imprensa. De agora em diante, na reta final, essa massa de dados vai aumentar exponencialmente.

Além da parafernália de pesquisas próprias, as duas campanhas têm acesso a dezenas de outras, feitas por correligionários e aliados nos estados, por entidades de classe e empresas do setor privado. Não deve haver um só dia em que não chegue aos comitês uma pesquisa nova.


Faz algum sentido imaginar que campanhas assim organizadas e tão bem abastecidas tenham que esperar a divulgação de pesquisas públicas para tomar qualquer decisão relevante? Que as equipes de Serra e Dilma fiquem roendo as unhas na frente da televisão para saber quem está na frente e quem atrás? Que só resolvam o que vão fazer depois de ler no jornal o que disse uma pesquisa?

Pelo que escrevem alguns jornalistas, pareceria que sim. Seus textos dizem coisas como “antes da pesquisa do Ibope, Serra ia fazer...., agora com o Datafolha, Dilma decidiu....”, o que equivale a supor que os candidatos foram inteirados de algo pela imprensa. Que o vasto investimento de suas campanhas em pesquisas próprias é inútil, pois o que contaria seriam as pesquisas hípicas (as que mostram quais cavalinhos estão na frente) que todos conhecem.

Nas disputas eleitorais, as pesquisas publicadas são irrelevantes como instrumentos de informação estratégica, pois as campanhas grandes (e seus apoiadores) sabem muitíssimo mais que aquilo que chega à imprensa e ao cidadão comum. O que não quer dizer que sejam irrelevantes na guerra da comunicação, pois estar publicamente na frente é melhor que estar atrás e isso pode trazer diversas vantagens a quem lidera.

Fonte: Jornal Estado de Minas

sexta-feira, 16 de julho de 2010

DilmaBoy

Vale a pena confefir:



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ouvidos de ouvir




Uma reunião com índios americanos revela um ensinamento importante e urgente.

Agrupados os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Todos calados à espera do pensamento essencial.

Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem.

Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.

Esses pensamentos são estranhos aos demais. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se alguém falar logo a seguir, são duas as possibilidades que se pode pensar.

Primeira - quem falou está dizendo: Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua fala.

Segunda: Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.

Em ambos os casos, está se chamando o outro de tolo. O que é pior do que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.

Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz silêncio dentro, começa-se a ouvir coisas que não se ouvia. 
Muitos são os cursos oferecidos pelo mundo afora, pretendendo ensinar a falar. Ter uma boa oratória é fundamental nos dias de hoje.

Mas será que apenas saber falar é suficiente? Não estamos esquecendo o que vem antes? Não estamos esquecendo de aprender a ouvir?

Não existem cursos de escutatória, é certo, mas aprender a ouvir corretamente é de suprema importância.

A postura humilde de quem ouve, de quem presta atenção nas palavras do outro, do que o outro diz ou não diz, é a postura do homem de bem.

Ninguém se educa, ninguém cresce, se não aprende a escutar.

Alberto Caieiro dizia que não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Silêncio dentro da alma significa que os pensamentos devem emudecer de quando em vez.

As ideias preconcebidas, a tal maneira como sempre pensei, devem calar um pouco, e considerar algo distinto, saborear o novo.

Todos os grandes da Terra souberam ouvir, souberam se desprender de suas ideias e considerar novas, considerar o algo mais.

Grandes escritores são antes grandes leitores. Sabem escutar outros livros, antes de recitar os seus próprios.

Que possamos aprender a ouvir mais, a respeitar mais a opinião do outro, e assim aprender com todos, independente se sabem mais ou menos do que nós.

Exercitemos a tal escutatória e cultivemos o silêncio na alma, nos pensamentos.

Beijo a todos

@luizamara

Nova adesão!!!

Caro Mentor,

Temos uma adesão ilustre no nosso espaco a querida amiga @santuzzasouza. Foi aprovada sua entrada no comando geral do campanha!!!

Um Aooooaaaaaaaaaaaaaaa para nova #chupisca!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Futebol, crime e política

Autor(es): Luiz Werneck Vianna
Valor Econômico - 12/07/2010


O assassinato de Eliza Samudio em que está envolvido como suspeito o goleiro Bruno, ex-capitão do Flamengo, vencedor do último campeonato brasileiro de futebol, não deve ficar confinado às páginas do noticiário policial. O horror que ele suscita por seu enredo escabroso, a história dos personagens, a gratuidade do crime, a forma da execução - os restos mortais da vítima foram lançados a cães para serem devorados -, a presença do mal em estado bruto, tudo isso reclama que se olhe para além das patologias dos indivíduos já indiciados como culpados. Em primeiro lugar para o clube, agremiação mais que centenária, e para a estrutura do futebol, o esporte de massas que é uma paixão nacional. Em segundo, para o tipo de sociabilidade selvagem, à margem da vida civil, que se reproduz em escala crescente e que encontra na cultura do narcotráfico e do consumismo, alçado a valor supremo, os seus paradigmas.

Bruno, um dos mais altos salários do seu clube, era uma liderança, portando a braçadeira de capitão por indicação de seus dirigentes, em que pese várias manifestações arrogantes de sua parte, inclusive nas relações com o seu técnico, e já se envolvera, com alguns colegas, em escândalos públicos em festas promovidas em domínios territoriais do narcotráfico. Em uma dessas ocasiões, proferiu uma declaração em que, explicitamente, admitiu ser normal a violência física entre casais, e, embora sua agremiação desportiva fosse dirigida por uma mulher - uma ex-atleta olímpica -, manteve a honraria da braçadeira.

Registre-se, ainda, que dois companheiros de clube, como o noticiário esportivo com frequência denunciava, eram contumazes participantes de pagodes em redutos do crime organizado, um deles fotografado ao lado de marginais armados com metralhadoras, o outro levado à polícia para esclarecer relações mercantis com notórias lideranças do mundo do tráfico em favelas cariocas.

Em todos os casos, o clube optou pela contemporização, em nome certamente de uma política de resultados, uma vez que esses jogadores se notabilizavam por seus feitos nas competições. E o que importa aí é deslocar o foco para a estrutura do nosso futebol, com sua organização autocrática, dominada por um vértice que se eterniza no poder, apenas orientada para a produção de vitórias nas competições, inteiramente arredia às possibilidades de fazer do futebol, com sua penetração capilar na vida do povo, um instrumento de educação de massas.

Para ela, o futebol do país se resume a ser mais um ator no processo de globalização dessa atividade esportiva graças à qualidade dos seus praticantes, um celeiro de craques de exportação. Nesse sentido, a expressão esportiva e cultural que ele representa se encontra crescentemente contaminada pela ameaça de ser submetida inteiramente à lógica mercantil. E não à toa não se pode mais descrever a sua história atual sem incluir o papel dos empresários no recrutamento de jovens jogadores talentosos que passam a administrar suas carreiras, relegando o papel das agremiações esportivas a um lugar subordinado, quando não inteiramente ausente, na sua formação como homens e cidadãos.

Os frutos bem-sucedidos desse sistema se convertem em mercadorias do mercado globalizado do futebol, as transferências para os milionários clubes europeus, para onde migram cada vez mais jovens, significando a realização de suas carreiras. Nada mais natural que seus praticantes, desde cedo sem tempo para se dedicarem aos estudos, encapsulados na bolha do mundo do futebol, manifestem fortes opções religiosas, em geral pentecostais, aí encontrando escoras emocionais que lhes permitam suportar as pressões do mercado que condiciona suas vidas.

Sem essas escoras, seus profissionais, com uma educação formal em geral precária, muitos vindos de lares destroçados - o caso de Bruno -, se veem à mercê da cultura do consumismo, o tempo livre de jogos e treinamentos dissipados em meio a uma legião de fãs, sua presença prestigiosa disputada em pagodes e orgias em que são convidados de honra. Os clubes, indiferentes ao comportamento dos seus profissionais, cerram os olhos a seus desvios de conduta, por sua vez prisioneiros da lógica de resultados que comanda o futebol. Assim, os clubes e seus heróis do maior esporte de massas do país, que poderiam exercer um papel na difusão dos valores civis na formação da juventude, tornam-se uma vitrine a estimular o hedonismo e o comportamento narcísico.

Futebol é cultura - no nosso caso uma de suas mais vigorosas manifestações -, fazendo as vezes de uma escola moderna em que se ensina a competir sob a jurisdição de regras interpretadas por um árbitro e que são de prévio conhecimento dos seus praticantes e do seu público. Atividade generalizada na juventude do nosso país, presente no mais remoto dos rincões, a política e os partidos não podem ser estranhos a ela, esperando-se da sua intervenção a criação de regras que venham a atuar no processo de formação dos seus profissionais, que chegam a ela, em muitos casos, como pré-adolescentes. De outra parte, cabe à opinião pública, reclamar que os clubes adotem padrões de conduta que impeçam os seus atletas de manterem relações privilegiadas com o submundo da criminalidade.

Entre tantos fatos estarrecedores no caso de Bruno, está a revelação de que ele estava conscientemente envolvido com personagens e com os padrões vigentes nas redes do crime organizado. Só faltou o uso de micro-ondas na eliminação da pobre Eliza para tornar ainda mais evidente as impressões digitais da cultura do narcotráfico nesse caso.

Fonte: Valor

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aos Amigos (as) rumo a vitória....

Mãos Dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Autor: Carlos Drummond de Andrade

O Brasil encontrou o seu caminho. Divulgue.

Excelente entrevista do economista Paulo Nogueira Batista Júnior, do qual este blogueiro acompanha há um certo tempo, principalmente como entrevistado em programas da TV Cultura.

Na verdade é gostoso ler o poscionamento do economista pela forma como o Brasil vem superando os desafios desta primeira década do século XXI, quebrando paradigmas e principalmente dógmas dos economistas que ajudaram a quebrar um país do potencial que o Brasil tem, com imensos recursos naturais e humanos.

Aliás, há um bom tempo atrás Rui Barbosa já dizia que este país não tinha problemas, mas potencialidades adiadas. E com um pouco de gestão pública e políticas públicas de melhoramento da renda do trabalhador brasileiro este país desmonta como uma das grandes nações deste século.

Importante também o que está em jogo nesta eleições é o país que queremos, é o modelo de Gestão Pública, de Naçao soberana e independente que queremos construir.

Vamos jogar fora o estigma de país de segunda classe, o qual não tinha projeto de desenvolvimento para o seu povo.

Hoje, o Brasil tem um norte, de ser uma das maiores nações do século XXI, mas com justiça social e desenvolvimento de todo o povo brasileirro.

Importante notar como o povo não fala mais em fora FMI, importante notar que não temos mais pessoas do FMI e de organizações internacionais dizendo o que devemos fazer. Importante notar que depois de sete anos de goveno Lula ninguém nem sabe mais o que é ALCA, dívida externa, dependência política e econômica de pessoas de fora deste país.

Agora temos sim, as viúvas do tempo em que o país era dependente do capital especulativo, das privatizações, da entrega do patrimôminio público e de privilégios de empresas americanas nos negócios brasileiros.

Temos agora um olhar para dentro deste país e não para fora. Aqui estão as melhores oportunidades para o povo brasileiro, que precisa agora se preparar, buscar o autodesenvolvimento, planejar suas carreiras profissionais porque o Brasil encontrou o seu caminho.
“Brasil abandonou as ilusões da globalização”, diz diretor do FMI
“Qual a avaliação sobre o desempenho dos países em desenvolvimento na crise financeira mundial, iniciada em 2008?

Foi uma grande surpresa. Os países em desenvolvimento, em sua maioria, enfrentaram a crise razoavelmente bem. O Brasil se destacou nesse particular. Muito do prestigio atual do país se deve à percepção de que o Brasil soube lidar bem com os choques externos em 2008 e 2009. Houve a maior crise desde a Grande Depressão dos anos 1930, e o Brasil não só não teve grandes problemas em suas contas externas, como virou credor do FMI! Quem diria!

Que significado tem dentro e fora do FMI a mudança de posição do Brasil de devedor para credor externo?

Hoje a nossa posição é outra. A influência do Brasil no exterior, inclusive no FMI, G20, é crescente. O Brasil tem demonstrado capacidade de atuar de forma independente. Nem todos os emergentes têm essa capacidade. Houve, acredito, uma mudança enorme na posição internacional do país. Temos que trabalhar para manter e consolidar essa posição mais forte. Para isso, é importante, entre outras coisas, manter as contas em ordem e evitar a dependência de capitais externos.

Quais vantagens competitivas o senhor vê no Brasil em relação aos outros países?

O Brasil é um país-continente. É um dos maiores do mundo em termos de PIB [Produto Interno Bruto], população e extensão geográfica. Tem recursos naturais abundantes. Uma população ativa e criativa. Sempre acreditei, mesmo nos piores momentos durante os anos 1980 e 1990, no futuro do país e no seu potencial. Passamos por muito sofrimento, muita decepção, mas agora tomamos o rumo do desenvolvimento com independência. “A independência é para os povos, o que a liberdade é para o individuo”, dizia De Gaullle. Depois de muita cabeçada, parece que finalmente o Brasil encontrou o seu caminho, abandonando as ilusões sobre “globalização”, fim do Estado nacional e outras que nos seduziram na década de 1990.

O Brasil pode se tornar a 5ª maior economia do mundo, como algums preveem? É difícil prever. Mas o Brasil deve continuar crescendo mais do que a média mundial. Para continuar crescendo, é importante manter políticas econômicas sólidas, estimular o investimento e não se deixar inibir pelas estimativas pessimistas que muitos economistas fazem sobre o nosso “crescimento potencial”. Essas estimativas são mais incertas do que se imagina. Não me parece exagerado buscar metas de crescimento ambiciosas, digamos, de 6% ao ano nos próximos anos.

Como o senhor vê os recentes desdobramentos da crise mundial na União Europeia e sobretudo os riscos para países em desenvolvimento?

A crise europeia não está resolvida. A tensão diminuiu, mas o quadro é de fragilidade. A perspectiva é de estagnação ou crescimento lento. Como ela representa mais de 20% do PIB mundial, um efeito adverso no resto do mundo é inevitável. Para o Brasil, o mercado europeu é importante e, portanto, a crise afeta as nossas exportações e provavelmente os preços das commodities (soja, minério de ferro) exportadas pelo país. Mas a posição brasileira é bastante boa. Temos reservas altas, contas razoavelmente sólidas, crescimento econômico robusto. A imagem do Brasil no exterior é muito favorável. A principal fragilidade, a meu ver, é o desequilíbrio crescente das contas externas correntes. Isso resulta da combinação de crescimento rápido e moeda valorizada. O Brasil está crescendo bem mais do que a maioria das principais economias. E os nossos juros são muito mais altos do que os praticados pelos principais bancos centrais do mundo.

Como andam as discussões para reformar o sistema financeiro internacional e até mesmo o FMI?

As reformas do FMI estão caminhando. A grande resistência é dos europeus, que estão super-representados na instituição e relutam muito em ceder espaço. Muito dinheiro foi e está sendo colocado no FMI desde a crise global. A briga interna, a disputa pelo poder dentro da instituição, se intensificou. Quanto à reforma financeira, houve progresso, mas não tanto quanto se poderia esperar. Afinal, as deficiências do sistema financeiro, da sua regulação e supervisão, tanto nos EUA como na Europa, provocaram uma crise fenomenal. O problema é que a influência dos lobbies financeiros é enorme. Os governos, pressionados pela opinião publica, estão enfrentando esses lobbies, com maior ou menor sucesso, mas a batalha é dura.

terça-feira, 6 de julho de 2010

De Tempo Ao Tempo

Tudo tem seu tempo.
Todas as coisas têm o seu tempo.
Há um tempo de nascer e um tempo de morrer.
Há um tempo de plantar.
Há um tempo de se arrancar o que se plantou.
Há tempo de matar e tempo de sarar.
Há tempo de destruir e tempo de edificar.
Há tempo de chorar e tempo de rir.
Há tempo de se afligir e tempo de dançar.
Há tempo de espalhar pedras e tempo de as ajuntar.
Há tempo de dar abraços e tempo de se afastar deles.
Há tempo de adquirir e tempo de perder.
Há tempo de calar e tempo de falar.
Há tempo de amor e tempo de ódio.
Há tempo de guerra e tempo de paz.
Reconheço que não há nada melhor do que alegrar-se e fazer o bem enquanto me resta a vida, pois elaé um dom de Deus.
E devo vivê-la da melhor forma possível.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Façam suas apostas

VALDO CRUZ

Façam suas apostas

BRASÍLIA - No início da semana passada, quando os pesquisadores do Datafolha ainda começavam seus trabalhos, o futuro presidente do PT, José Eduardo Dutra, vaticinou. "A Dilma vai bater nos 23%. Pode escrever e me cobrar."
Pesquisa publicada, Dutra fez questão de ligar e lembrar seu prognóstico. Animado com sua pontaria certeira, lançou mais dois exercícios de futurologia: a petista atinge 30% em março e, no início da campanha, estará empatada com o tucano José Serra.
Claro que os 23% cantados por Dutra, antes mesmo de a pesquisa ser concluída, estavam baseados nos levantamentos que o partido faz. Eles indicavam crescimento da intenção de votos da ministra, que seria turbinada pelo programa do PT na televisão veiculado no início de dezembro.
As apostas de março e junho, contudo, estão mais no campo dos sonhos, em primeiro lugar, e da crença de que dará certo um planejamento que o governo Lula montou para alavancar a ministra Dilma Rousseff no ano eleitoral.
Depois de um período de férias, ela vai começar a cumprir uma agenda de pré-candidata nos finais de semana. Será uma maratona de eventos até a realização do Congresso do PT, no fim de fevereiro, quando será lançada oficialmente candidata do partido.
Será um trabalho voltado principalmente para a militância petista, para que ela conheça a candidata do partido e se envolva no processo eleitoral. Depois, virá um roteiro de viagens pós-saída do ministério, em abril, para corrigir fraquezas no seu desempenho eleitoral.
Tudo bem, as apostas de Dutra, hoje, não passam de apostas. Mas baseadas num planejamento discutido, aprovado e rediscutido por um comando de campanha.
Aí está, no momento, a diferença entre os mundos petista e tucano. Enquanto um trabalha, o outro fica se escondendo, sem mostrar a cara. Quem acorda mais cedo costuma chegar antes. A conferir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ELEIÇÕES

Políticos na onda do Twitter
Mais da metade dos deputados federais já aderiu ao microblog, com mais de 500 mil seguidores. DEM e PT são os mais populares, com 92,1 mil e 90,2 mil respectivamente

Alessandra Mello

CELIO LIMA/FOLHAPRESS - 11/5/10
Entre os 15 parlamentares com maior popularidade no Twitter, apenas um é mineiro, segundo a Secretaria de Comunicação da Câmara

A adesão dos políticos ao Twitter não para de crescer. Levantamento feito pela Secretaria de Comunicação da Câmara dos Deputados revela que o microblog tinha, até 31 de maio, a adesão de 295 parlamentares, contra 247 em janeiro, segundo o último balanço. Os seguidores dos deputados federais também aumentaram nesse período. Na verdade, o número de pessoas que acompanham os parlamentares pelo Twitter mais do que dobrou, passando de 231.271 em janeiro para 514.340 em maio.

A legenda com o maior número de seguidores é o DEM. O PT aparece em segundo. No total, os deputados do DEM tinham 92.191 seguidores contra 90.224 dos petistas, de acordo com números do fim de maio. Já o PMDB, que tem a maior bancada federal, mantém também o maior número de parlamentares no microblog. Mas, em termos percentuais, o campeão é o PSOL, que tem 100% de sua bancada (três deputados) adepta de recente modalidade de rede social, seguido pelo PCdoB que tem 11 de seus 12 parlamentares (91,7%) conectados no Twitter.

A pesquisa analisou os números de 295 deputados com perfis ativos. Não foram consideradas páginas sem atualizações recentes, de suplentes ou de parlamentares que não estejam exercendo o mandato. Fernando Gabeira (PV), que no sábado será lançado oficialmente candidato ao governo do Rio de Janeiro, é o campeão absoluto de seguidores. No fim de maio, ele tinha 36.889 seguidores, número que já saltou para 38.114 até ontem. Desde 2008, quando disputou a Prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado usa as redes sociais para fazer campanha e divulgar seu mandato.

O segundo e o terceiro colocado também são do Rio de Janeiro. Índio da Costa (DEM) alcançou o segundo lugar depois de ter conquistado o posto de um dos relatores do projeto Ficha Limpa de iniciativa popular, já aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seguida está o ex-prefeito de Campos, Geraldo Pudim (PR).

Entre os 15 parlamentares com maior popularidade no Twitter, aparece apenas um mineiro, na sétima posição. Adepto das redes sociais há pelo menos dois anos, o deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), vice-líder da bancada na Câmara, tinha até maio 18.200 seguidores, número que passou para 18.903 até ontem. O parlamentar, que apresenta um programa evangélico em uma emissora de televisão mineira, disse que aderiu ao Ttwitter em 2009, mas somente este ano passou a usar mais a ferramenta. “Sempre trabalhei com comunicação. Sou apresentador de televisão, fui radialista muito tempo e por isso resolvi adotar a internet com instrumento para divulgação do meu mandato. Deu muito certo”, conta.

O deputado disse que começou com um site e depois um blog. “Mas o blog era muito trabalhoso, ai resolvi aderir ao Twitter, mais fácil de atualizar”. O parlamentar conta que toda quinta-feira reserva parte do dia para responder aos recados que recebe via redes sociais (Twitter e Orkut) e também pelo site e para enviar informações para todos os seus seguidores. “Mas faço isso com muito respeito. Se alguém pede para não receber mais a gente imediatamente bloqueia o envio”.

Fonte: Jornal Estado de Minas - 16/06/2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lula e a imprensa! Análise Brilhante...

Seguindo outros grandes meios de comunicação globais, a revista Time escolheu - na semana passada - o presidente Lula como o líder mais influente do mundo. A notícia repercutiu em todo o mundo, sendo matéria de primeira página, no jornalão El País.

Elite e preconceito

Na verdade a matéria o apontava como o homem mais influente do mundo, posto que nem só políticos fossem alinhados na larga lista composta pelo Time. Esta não é a primeira vez que Lula merece amplo destaque na imprensa mundial. Os jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) já haviam, na virada de 2009, destacado Lula como o "homem do ano". O inédito desta feita, com a revista Time, foi fazer uma lista, incluindo aí homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. Entre os quais está o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, o presidente do Brasil aparece como o mais influente de todas as personalidades globais. Por si só, dado o ponto de partida da trajetória de Lula e as deficiências de formação notórias é um fato que merece toda a atenção. No Brasil a trajetória de Lula tornou-se um símbolo contra toda a forma de exclusão e um cabal desmentido aos preconceitos culturalistas que pouco se esforçam para disfarçar o preconceito social e de classe.

É extremamente interessante, inclusive para uma sociologia das elites nacionais, que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com grande déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio sepulcral!

Lula Líder Mundial

Desde 2007 a imprensa mundial, depois de colocá-lo ao lado de líderes cubanos e nicaraguenhos num pretenso "eixinho do mal", teve que aceitar a importância da presença de Lula nas relações internacionais e reconhecer a existência de uma personalidade original, complexa e desprovida de complexos neocoloniais. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, "com charme e habilidade política" era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI. Suas ações, em prol da paz, das negociações e dos programas de combate à pobreza eram responsáveis pela melhor atenção dada, globalmente, aos pobres e desprovidos do mundo.

Mesmo no momento da invasão do Iraque, em busca das propaladas "armas de destruição em massa", Lula havia proposto a continuidade das negociações e declarado que a guerra contra a fome era mais importante que sustentar o complexo industrial-militar norte-americano.

Em 2010, em meio a uma polêmica bastante desinformada no Brasil - quando alguns meios de comunicação nacionais ridicularizaram as propostas de negociação para a contínua crise no Oriente Médio - o jornal israelense Haaretz - um importante meio de comunicação marcado por sua independência - denominou Lula de "profeta da paz", destacando sua insistência em buscar soluções negociadas para a paz. Enquanto isso, boa parte da mídia brasileira, fazendo eco à extrema-direita israelense, procurava diminuir o papel do Brasil na nova ordem mundial.

Lula, talvez mesmo sem saber, utilizando-se de sua habilidade política e de seu incrível sentido de negociações, repetia, nos mais graves dossiês internacionais, a máxima de Raymond Aron: a paz se negocia com inimigos. As exigências, descabidas e mal camufladas de recusa ás negociações, sempre baseadas em imposições, foram denunciadas pelo presidente brasileiro. Idéias pré-concebidas estabelecendo a necessidade de mudar regimes para se ter a paz ou usar as baionetas para garantir a democracia foram consideradas, como sempre, desculpas para novas guerras. Lula mostrou-se, em várias das mais espinhosas crises internacionais, um negociador permanente. Foi assim na crise do golpe de Estado na Venezuela em 2002 (quando ainda era candidato) e nas demais crises sul-americanas, como na Bolívia, com o Equador e como mediador em crises entre outros países.

Lula negociador

O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de "profeta da paz" e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel.

Ridicularizou-se ao extremo a atuação brasileira em Honduras, sem perceber a terrível porta que se abria com um golpe militar no continente. Lula teve a firmeza e a coragem, contra a opinião pública pessimamente informada, de dizer e que "... a época de se arrancar presidentes de pijama" do palácio do governo e expulsá-los do país pertencia, definitivamente, a noite dos tempos.

Honduras teve que arcar com o peso, e os prejuízos, de sustentar uma elite empedernida, que escrevera na constituição, após anos de domínio ditatorial, que as leis, o mundo e a vida não podem ser mudados. Nem mesmo através da expressa vontade do povo! E a elite brasileira preferiu ficar ao lado dos golpistas hondurenhos e aceitar um precedente tenebroso para todo o continente.

Brasil, país no mundo!

Também se ridicularizou a abertura das relações do Brasil com o conjunto do planeta. Em oito anos abriu-se mais de sessenta novas representações no exterior, tornando o Brasil um país global. Os nostálgicos do "circuito Helena Rubinstein" - relações privilegiadas com Nova York, Londres e Paris - choraram a "proletarização" de nossas relações. Com a crise econômica global - que desmentiu os credos fundamentalistas neoliberais - a expansão do Brasil pelo mundo, os novos acordos comerciais (ao lado de um mercado interno robusto) impediram o Brasil de cair de joelhos. Outros países, atrelados ao eixo norte-atlântico e aqueles que aceitaram uma "pequena Alca", como o México, debatem-se no fundo de suas infelicidades. Lula foi ridicularizado quando falou em "marolhinha". Em seguida o ex-poderoso e o ex-centro anti-povos chamado FMI, declarou as medidas do governo Lula como as mais acertadas no conjunto do arsenal anti-crise.

Mais uma vez silêncio das elites brasileiras!

Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social... A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre "nativos" preguiçosos. Era a retro-alimentação do mito da "pereza ibérica". Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques.

A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra-conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social.

Mais uma vez a elite nacional manteve-se em silêncio!

Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira "esquece" de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula "... está entre os 25 lideres mais influentes do mundo". Errado! A lista colocava Lula como "o mais" influente do mundo.

Agora se espera o silêncio da elite brasileira!

Francisco Carlos Teixeira é professor Titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).