As Melhores do "Vai..."

quinta-feira, 26 de abril de 2012

André Vargas - Dia do Trabalhador

terça-feira, 24 de abril de 2012

DILMA ANUNCIA R$ 32 BILHÕES DO PAC PARA O TRANSPORTE URBANO NAS GRANDES ...

Minas não tem mar, mas tem Cachoeira…


Blog: 

Lucas Figueiredo

Com a ajuda de Demóstenes, Cachoeira 'nomeou' prima no governo de MG
ESTADO DE S.PAULO, 23/04/12
Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega, Aécio Neves (PSDB-MG), e arrumou emprego comissionado para uma prima do empresário do jogo de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima do bicheiro, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de Diretora Regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba.
Do pedido de Cachoeira a Demóstenes, até a nomeação de Mônica, bastaram apenas 12 dias e 7 telefonemas. Aécio confirma o empenho para atender solicitação de Demóstenes, mas alega desconhecer interesse de Cachoeira na indicação.
São citados nos grampos Marcos Montes (PSD), ex-prefeito de Uberaba, e Danilo de Castro, principal articulador político de Aécio em seu Estado e secretário de Governo da gestão Antonio Anastasia (PSDB), governador de Minas. Eles negam envolvimento na trama.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Artigo: A aprovação de Dilma e o debate sobre a oportunidade da CPMI, por Elói Pietá

"Agiu bem nosso partido ao decidir desde o início pela CPMI, e nossos parlamentares ao assiná-la"


Com 64 % de ótimo e bom para o governo Dilma, colhido pelo Datafolha na sua última pesquisa, prossegue o debate entre nós a respeito da oportunidade da CPMI do caso Demóstenes e Cachoeira. Dizem alguns: “Se o governo está indo tão bem, por que bulir na política?”. A ponderação tática a favor deste argumento vai na linha de que a governabilidade na sociedade está sólida, mas a governabilidade no Congresso passa por tensões, e a CPMI agrava estas tensões.

A argumentação tática favorável à CPMI, por sua vez, considera que os principais atingidos são proeminentes membros da oposição, que tanto atacaram o governo. É hora de amplificar seu desgaste, de mostrar a falsidade dos ataques udenistas, de enfraquecer a blindagem com que setores da mídia protegem a oposição.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Leonardo Boff - Ética e Ecologia desafios do século XXI

Dilma afirma que juros devem refletir realidade do país

Safadesa Tucana: Alckmin diz que contratos de quase R$40 milhões que ele mantém com Delta são ínfimos

Contando obras já finalizadas, o governo Alckmin pagou à empresa R$ 23,9 milhões. Desse total, R$ 11,8 milhões foram creditados em 2011 e outros R$ 12 milhões, em 2012 (até a última quarta).

Você meu querido leitor, já imaginou se algum poítico do PT fosse o governador de São Paulo e tivesse declarado a imprensa que tem contratos "ínfimos" de quase 40 milhões com a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira? Pois o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), disse, e parece que a imprensa achou tudo muito normal

A Delta tem ao menos dois grandes contratos em vigor com o Estado: um de R$ 29 milhões para construção de piscinões antienchente na Grande São Paulo e outro de R$ 11,9 milhões para obras de infraestrutura e urbanização na Unicamp.

Contando obras já finalizadas, o governo Alckmin pagou à empresa R$ 23,9 milhões. Desse total, R$ 11,8 milhões foram creditados em 2011 e outros R$ 12 milhões, em 2012 (até a última quarta).

Cara de pau esse Geraldo!

Na Câmara, Alckmin disse ainda que a CPI do Cachoeira não pode ser usada para perseguições políticas.

"Não pode ter utilização política, nem para desviar atenção, nem para perseguição de partidos ou pessoas", afirmou ele.

Pois é. Quando é com o PSDB,Geraldo Alckmin se apressa em mandar recado a CPI. Mas quando foi com o Lula, até familiares do Presidente foram perseguidos pelos tucanos.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Assim que se apaga um fogo!

O quebra-cabeças Civita-Cachoeira



Por Luis Nassif, em seu blog:

A Folha tem dois bravos repórteres – Cátia Seabra e Rubens Valente – lutando com um braço amarrado. É isso que explica o fato do lide da matéria sobre Cachoeira (a informação mais importante, que deveria estar na abertura) ter ficado no pé:

"Em conversas no primeiro semestre de 2011, Cachoeira disse a Claudio Abreu, diretor da Delta no Centro-Oeste, que estava fornecendo informações sobre irregularidades no Dnit para a revista "Veja" durante a apuração de uma reportagem".



Na verdade, a Folha (e a Globo) têm muito mais que isso. Pelas matérias divulgadas, a Globo teve acesso às gravações do Guardião – a máquina de grampo da Polícia Federal. A Folha tem acesso a relatórios da Operação Monte Carlo, provavelmente do material reservado que está no Supremo Tribunal Federal (STF), envolvendo o senador Demóstenes Torres e dois deputados federais.

Nesse relatório existem informações relevantes sobre a relação Veja-Cachoeira – que a Folha ainda não deu.

O primeiro, a íntegra das conversas entre Cachoeira e e o diretor da Delta, Cláudio Abreu, comprovando que estavam por trás da denúncia da Veja. O segundo, as negociações da Veja, Cachoeira e o araponga Jairo para combinar a invasão do Hotel Nahoum - na qual foram feitos vídeos ilegais de encontros do ex-Chefe da Casa Civil José Dirceu com políticos e autoridades.

A matéria da Veja sobre o DNIT saiu em 3 de julho de 2011. A diretoria estava atrapalhando os negócios da Construtora Delta. Foi o mesmo modo de operação do episódio dos Correios: Cachoeira dava os dados, Veja publicava e desalojava os adversários de Cachoeira.

Coincidiu com investigações que já estavam em curso na Casa Civil, alimentando algumas versões de que o próprio governo vazara os dados para a revista. Fica claro que era Cachoeira.

No dia 8 de julho, as escutas captaram a seguinte conversa de Cachoeira:

Cachoeira: Não. Tá tudo tranquilo. Agora, vamos trabalhar em conjunto porque só entre nós, esse estouro aí que aconteceu foi a gente. Foi a gente. Quer dizer: mais um. O Jairo, conta quantos foram. Limpando esse Brasil, rapaz, fazendo um bem do caralho pro Brasil, essa corrupção aí. Quantos já foram, rapaz. E tudo via Policarpo.

A partir da divulgação da íntegra do relatório e das escutas, será possível entender alguns dados relevantes das negociações entre as duas organizações – a de Cachoeira e a de Roberto Civita.

Nas negociações sobre o DNIT, Policarpo se compromete a dar matéria em defesa do Bingo Online. A matéria do Bingo Online acabou não saindo na Veja (apenas no Correio Braziliense, em matéria de Renato Alves).

Provavelmente foi o não cumprimento do acordo que levou Cachoeira a se queixar amargamente de Policarpo e a aconselhar os comparsas a não passarem informações de forma descoordenada. Nas conversa, aliás, ele confessa ter sido ele quem aproximou os arapongas da revista Veja.

Cachoeira: Não, Jairo, foi isso não. Deixa eu falar pra você. Se Dadá estiver aí pode pôr até no viva-voz. Olha, é o seguinte: a gente tem que trabalhar em grupo e tem que ter um líder, sabe? O Policarpo, você conhece muito bem ele. Ele não faz favor pra ninguém e muito menos pra você. Não se iluda, não. E fui eu que te apresentei ele, apresentei pro Dadá também. Então é o seguinte: por exemplo, agora eu dei todas as informações que ele precisava nesse caso aí. Por que? É uma troca. Com ele tem que ser uma troca.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pela primeira vez - Ricardo Stuckert

Geraldo Vandré - Disparada

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ferro: CPMI tem que investigar relações de Cachoeira com mundo político ...

O deputado Fernando Ferro (PT-PE) considera a investigação do caso Demóstenes como um momento especial para o Parlamento brasileiro.

"Ele como um acusador, uma figura que se destacava no Senado como alguém que queria promover julgamentos sumários, acusações permanentes contra pessoas do mundo político de repente se vê envolvido num esquema de crime organizado de proporções lastimáveis. Mas o Demóstenes é apenas uma peça deste tabuleiro. Com ele está aí o Cachoeira que é um empresário corrupto de Goiás que tem íntima ligação com o governo goiano e com outros parlamentares aqui da Câmara e do Senado"

Ferro lembrou ainda que é preciso também investigar as relações de Cachoeira com a revista Veja.

"A hora é da CPMI fazer esta investigação para que possamos chegar à raiz desta denúncia grave envolvendo o mundo político e que não pode ficar sem uma apuração rigorosa do envolvimento do crime organizado com políticos e com meios de comunicação, como a revista Veja, que foi useira e vezeira de informações promovidas pelo Carlos Cachoeira, que se transformou numa espécie de 'repórter das sombras' da revista e era quem patrocinava a maioria das pautas".

(Fabrícia Neves - Portal do PT)

Em Harvard, Dilma diz que não fará luta política com direitos humanos | Agência Brasil

Em Harvard, Dilma diz que não fará luta política com direitos humanos | Agência Brasil


Em Harvard, Dilma diz que não fará luta política com direitos humanos

10/04/2012 - 22h00
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após discursar hoje (10) na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos,  a presidenta Dilma Rousseff disse que as questões de direitos humanos não podem ser objeto de "luta política". A afirmação ocorreu em resposta a uma aluna da universidade, que citou a situação de uma prisioneira política na Venezuela.
Dilma evitou falar sobre o caso citado, mas disse que a questão precisa ser discutida de forma "multilateral". E acrescentou: “Do ponto de vista do Brasil, sempre que podemos e temos oportunidade manifestamos o interesse do país em defender os direitos humanos. Agora posso te dizer uma coisa, o Brasil tem grandes desrespeitos aos direitos humanos. Não sei como acontece, não tenho como impedir que nas delegacias do Brasil não haja tortura".
Disse a presidenta: "Sei o que acontece em Guantanamo. Sei muito bem o que acontece, nessa prisão aí que você está falando eu não conheço, mas se é uma pessoa que está presa, é uma pessoa que está em condições desfavoráveis. Mas eu considero que direitos humanos não podem ser objeto de luta política e não farei luta política com isso, porque não considero que existe só um país ou grupo de países que viola os direitos humanos. Por isso gostaria de discutir essa questão sempre multilateralmente, porque sei que se usa essa questão politicamente.”
A presidenta Dilma Rousseff também evitou fazer críticas ao presidente venezuelano Hugo Chávez. “Primeiro queria dizer para você que tenho um grande respeito pelo Chávez e não me arrogo o direito de fazer recomendação para país nenhum, acho isso muito perigoso, assim como não gostaria que fizessem comentários sobre meu país. Agora espero que ele melhore de saúde, eu já lutei contra um câncer, espero que ele se recupere", disse a presidenta.
O discurso de Dilma foi feito no fórum que leva o nome do ex-presidente norte-americano John Kennedy e que funciona como uma "arena política" para debates. Esse local regularmente acolhe chefes de Estado, líderes políticos, de negócios e da mídia. Quando era ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff acompanhou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua passagem pela instituição de ensino.
De acordo com a Universidade de Harvard, a missão do Instituto de Política, ao receber essas personalidades, é envolver os alunos, principalmente os de graduação, políticos, ativistas e formuladores de políticas em uma base não partidária para inspirá-los a considerar uma carreira na política.
Dilma ainda lembrou que os estudos da Universidade de Harvard foram fundamentais para a concepção do programa Luz Para Todos, lançado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de levar energia elétrica a regiões rurais.  "É impossível ter acesso ao desenvolvimento econômico e à civilização sem luz elétrica", disse a presidenta.Ao responder a uma pergunta de outra aluna, sobre que conselho daria às mulheres, Dilma recorreu a uma de suas frases mais pronunciadas durante a campanha: "Elas [as mulheres] podem".
A presidenta brasileira também elogiou a política de governo transparente defendida pelo presidente Barack Obama e disse que o Brasil está empenhado em solucionar o problema da corrupção. "Concordo com o governo aberto defendido pelo presidente [Obama], que prevê transparência e um grande esforço no sentido de lutar sistematicamente e,  ao mesmo tempo, tomar providência, doa a quem doer", disse Dilma.
"A democracia é que nem o sol: o melhor antídoto para atos de corrupção. Quanto mais pessoas participarem, menos haverá espaço para políticos que cometem atos que não são corretos”, afirmou.
Dilma também explicou que não tem como tratar das questões ligadas a brasileiros que migraram para os Estados Unidos. Segundo ela, a única parte que cabe ao governo é garantir melhores condições de atendimento a essa população por meio dos consulados. "Não tenho de dar conta deles. As pessoas que moram aqui tem acesso a outras oportunidades que [outros] que moram no Brasil não têm. Não tenho como atender os imigrantes, o que tenho de fazer é colocar todo consulado no sentido de melhorar as [suas] condições", disse a presidenta.
Dilma voltou a defender que os países ricos não exijam políticas fiscais de países atingidos pela crise, não exijam políticas fiscais dos países emergentes e superavitários nesse contexto de crise. Segundo ela, isso impede o crescimento dos emergentes e não é a solução para a retomada da prosperidade no mercado internacional. A presidenta defendeu que o mercado interno forte brasileiro é que fez com que o país não se abalasse diante das turbulências internacionais.  “Se não fosse por isso, um espirro aqui fora levava a uma pneumonia no Brasil”, disse a presidenta.
“Durante 20 anos aplicamos só processos de consolidação fiscal. Melhor dizendo, ajuste fiscal radical. E tivemos extremas dificuldades de sair de um processo de estagnação, de crescimento baixo, de ausência de políticas sociais para as cidades brasileiras. Sequer tivemos um programa habitacional decente", observou.
Dilma lembrou ainda que o fato de o Brasil ter passado de devedor a credor do Fundo Monetário Internacional (FMI) deu mais autonomia ao país na condução de sua política econômica e nas decisões de implementar políticas públicas com vistas a reduzir a miséria e a desigualdade social no país.
"O Brasil liquidou seu débito com o FMI. Isso foi importante porque tomamos toda a condução da política econômica e social. Isso é um fator de muito dinamismo na nossa economia. Era voz corrente no Brasil que não era possível ter crescimento econômico e resolver a imensa questão da desigualdade de renda. Ainda temos que chegar a 16 milhões de brasileiros que sabemos onde estão e quem são", disse a presidenta que definiu o Brasil como um país complexo.
“Temos de, ao mesmo tempo em que tratamos de uma questão do final do século 19, assegurar rede de banda larga nas principais regiões e caminhar para tornar o Brasil um país ligado a toda a estrutura do futuro, que é essa economia do conhecimento”, finalizou.
Edição: José Romildo

ENTRE FODER E FAZER AMOR



Somos todos necessariamente substituíveis.
Sério… Os corpos são todos parecidos.. bundas maiores, menores, diferindo na cor, formato, rigidez de formas, cavidades mais ou menos apertadinhas, etc.. mas no fim das contas, dá tudo no mesmo. O instinto nos leva a procurar, nos leva ao tesão, nos leva a meter. Bendito instinto, que garante a preservação da espécie humana rs. Independente de eventualmente nos ferirmos nessa nossa busca insana por mais e mais prazer, o lance é que meter (e ser metida rs) é muito bom. Tem dias que qualquer fodinha nos serve, e foda-se o resto !
Sexo pode também ser a mesma e entediante brincadeira para alguns. O certo é que o repetir entedia. Procura-se variar, e mesmo quando se tem do melhor e mais caro por perto , a tentação de um buraquinho novo, nesse momento até o delicioso e disponível rabão da funkeira mais vulgar pode parecer mais digno de se explorar do que o da cortesã perfumada e sofisticada – quando se a tem plenamente disponível.
Vulgarmente falando, arriscamos quaquer coisa por uma metida nova. Todos nós. Somos todos substituíveis e substituímos, a todo o tempo. O prazer do bifão com ovo nos parece impossível de resistir quando temos à mão, dia após dia, apenas um único prato sofisticado. Sim, sofisticado, delicioso, aprovado e recomendado por muitos, mas sempre o mesmo.
E eu entendo plenamente essa necessidade.
Eu mesma há tempos ando enjoadinha. Hoje, decidi liberar a vagabunda.
Confesso: fodi até que tudo em mim ardesse rs.
Hoje, fiz amor comigo mesma. Fiz amor, muito amor, fodi intensamente com a única pessoa a quem só meu rabo satisfaz: amei a mim mesma, amei ao dia, amei à vida, como nunca.
O dia começou mal, perdi a hora, perdi a cabeça… Felizmente, ele ainda me esperava, depois de meses de conversa e horas de atraso.
Me pegou no meu pior dia, pior astral. Ao mesmo tempo, no dia em que eu mais precisava tê-lo por perto. Implorei que me esperasse, eu precisava de colo.
Corri pro banho, peguei qualquer vestido..levei algumas coisas .. um espumante perdido na geladeira.. óleos, espuma de banho, esfoliantes..
e me fui, aos tropeços rs.
Decidi que ele seria o único do dia, decidi me entregar como há tempos não fazia. Eu queria ver a dama devassa que sou gozando até que lhe doessem as entranhas. E mais, e mais.. e suor, e sêmen, e entrega, e delícias.
E espelhos, e meu corpo, nada perfeito mas tão meu, tão disponível, tão absolutamente sensual, beirando a vulgaridade.. Sequer lembramos do espumante, em meio a tantos líquidos mais interessantes.
Exibicionista que sou, perto do primeiro gozo, telefonei… precisava que alguém mais testemunhasse o prazer intenso que se aproximava.. infelizmente, este meu amigo desligou, saber do meu prazer talvez o desagrade.. enfim…
Então… hoje eu fiz amor, sim. Fiz amor com a única pessoa pra quem eu sou realmente insubstituível: fiz amor comigo mesma. Estou deliciosamente renovada, insuportavelmente feliz.
Recomendo, e repetirei rs !

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Artigo: É preciso tratar da democracia socialista, por Tarso Genro



Não há debate sobre socialismo, pois governos de esquerda tem de lidar com alianças amplas e "resolver coisas". E existiriam dificuldades com os eleitores.


Mesmo as democracias consolidadas são ameaçadas, hoje, pela crise do sistema financeiro global. É clara a incompatibilidade objetiva entre o processo de enriquecimento sem trabalho, da atual fase do capitalismo global, com os sistemas socialdemocráticos estabelecidos, responsabilizados falsamente pela crise.
Nesse contexto, pergunto: não se deve abrir um debate honesto sobre democracia e a ideia do socialismo, tomando este não mais como modo de produção “pré-configurado”, mas como ideia reguladora?
Sustento que socialistas e comunistas não têm feito este debate por dois motivos.
Primeiro, porque, nos governos, enfrentam a questão da governabilidade, a partir de alianças muito amplas, às quais esse tema arrepiaria.
Segundo, porque as tarefas de governo tendem a promover a abdicação da reflexão teórica pela necessidade empírica de “resolver coisas”. Resolvê-las para responder exigências alheias às questões concretas do socialismo, que não estão em jogo em nenhum lugar do Ocidente, com exceção de Cuba e, aliás, em sentido inverso.
Mas há uma razão de fundo, que encobre as duas acima citadas e imprime passividade às culturas socialistas partidárias, na atual conjuntura mundial.
É a recusa, consciente ou inconsciente -por incapacidade ou opção-, de abordar a questão do socialismo, em conjunto com a questão democrática.
Através desse exercício ficaria clara a dificuldade de manter bases eleitorais afinadas com um regime de acumulação ou distribuição socialista, dentro da democracia política. É preciso encarar esta verdade.
A socialdemocracia reformista, que assumiu os governos de esquerda neste período, recuou, em consequência, da “utopia socialista”, para se preservar na “utopia democrática”. Abdicou, assim, da ideia da “igualdade” -presente nas propostas socialistas- para assumir a ideia da “fraternidade” em abstrato, presente na ideia de solidariedade, na constituição política do Estado social de Direito.
Só que essa fraternidade funciona, no sistema global em curso, como pura exigência de renúncia para os “de baixo”. Não como sacrifício para os “de cima”.
E funciona em momentos de bonança, como distribuição limitada de recursos “para os de baixo”, (através de salário e outras prestações sociais) e como acumulação ilimitada de riqueza para os “de cima” (através do lucro e da especulação financeira).
É isso que gera incompatibilidade, globalmente, entre capitalismo e democracia, promovendo grandes dúvidas sobre o futuro da democracia, inclusive na Europa.
As experiências socialistas “reais” resolveram este dilema (“da máxima desigualdade” aceitável e da “mínima igualdade exigível”) através dos privilégios regulados no aparato de Estado e do partido.
Esses quadros foram se liberando dos seus compromissos originários e simulando que a “igualdade verdadeira” estava logo ali. E não estava. A socialdemocracia “de esquerda”, na Suíça, Suécia, Dinamarca, Noruega, regularam a desigualdade máxima e organizaram a economia para um modo de vida mais duradouro e menos renunciável, pelos seus destinatários, do que as experiências soviéticas.
Pode-se dizer que ambas as experiências -formas específicas de capitalismo de “Estado” ou “regulado”- promoveram paradigmas modernos, à sua época, de igualdade social.
Deixaram, porém, em aberto a questão da democracia socialista como modelo universal, na qual a diferença entre “máxima desigualdade aceitável” e a “mínima igualdade exigível” seja estabelecida como projeto universal para uma humanidade fundada na paz e na justiça.
A esquerda pensante, pelos seus partidos, tem o dever ético de retomar este debate e esta utopia.
Tarso Genro é governador do Rio Grande do Sul; foi ministro da Justiça (2007-2010), ministro da Educação (2004-2005) e prefeito de Porto Alegre pelo PT (1993-1996 e 2001-2002)
(Artigo publicado originalmente na coluna Tendências/Debates do jornal Folha de S. Paulo, edição de 08/04/2012)

A coragem do ex-demo Demóstenes Torres


Por Altamiro Borges

O senador Demóstenes Torres – que deixou o DEM para evitar a expulsão da sigla, mas que, na prática, tenta abafar o escândalo da sua ligação com a máfia de Carlinhos Cachoeira – voltou a se pronunciar. Em artigo publicado originalmente no blog de Ricardo Noblat, hospedado no sítio da Globo, ele criticou o pacote anunciado nesta semana pelo governo Dilma de estimulo à economia.
O artigo revela todo o cinismo do ex-líder dos demos e do ex-herói da mídia. O próprio Estadão, que tinha o político como fonte privilegiada, ironizou a caradura do senador, que postou um texto “dezessete dias depois de ter se recolhido ao silêncio diante das suspeitas cada vez mais graves de ligação com o empresário de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira”.

A torcida da mídia

No texto, que também foi publicado em seu blog, “Demóstenes não faz nenhuma menção às suspeitas das ligações com Cachoeira nem sobre seu incerto futuro. Já sem partido (desfiliou-se do DEM para fugir à expulsão no mesmo dia 3 do pacote de Dilma), ele responderá a processo de cassação no Conselho de Ética do Senado”. O Estadão torce para que ele seja cassado rapidamente, sem maiores traumas.

O artigo, porém, revela que o senador está confiante na sua absolvição. Ele sabe que as denúncias contra ele podem respingar em políticos de vários partidos – principalmente no governador tucano Marconi Perillo, de Goiás. Além disso, ela ainda conta com as justificativas patéticas de alguns “calunistas” da mídia, que sempre nutriram um familiar relacionamento com o falso moralista.

Arquivo vivo e perigoso

Demóstenes Torres é um arquivo vivo. Diante do risco da cassação do seu mandato e mesmo da prisão, ele pode revelar os crimes cometidos pela direita nativa nos últimos tempos. DEM, PSDB e PPS talvez não resistissem às suas revelações. Já os veículos da mídia, em especial a revista Veja, poderiam ser levados ao banco de reús – como ocorre atualmente com o império midiático de Rupert Murdoch.

Daí a sua coragem, que beira o cinismo, em criticar o “pacote de bondades” da presidenta Dilma. Ele conhece bem seus cúmplices. Ele conversou, por telefone ou em jantares, com vários diretores, editores e "calunistas" da mídia demotucana. Ele ajudou a irrigar várias campanhas eleitorais da direita nativa.

A viagem de Dilma aos EUA

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

As relações do Brasil com os EUA quase sempre foram de subserviência. Hoje mudaram. Não por eles, que continuam imperiais, prepotentes, sem consciência da sua decadência.



Terminada a segunda guerra, Octávio Mangabeira beijou as mãos do presidente dos EUA, Harry Truman, que visitava o Brasil. Instaurada a ditadura militar, Juracy Magalhaes, ministro de Relações Exteriores, adaptando a frase da General Motors, afirmou: “O que é bom para os EUA é bom para o Brasil.” Logo apos os atentados de 2001 nos EUA o então ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Lafer, se submeteu a tirar os sapatos para ser controlado em um aeroporto dos EUA. Os três são da mesma linhagem tucano udenista, sombras que deixamos para trás.

As relações entre o Brasil e os EUA mudaram, porque mudamos nós e porque o mundo está mudando. A Presidenta que chega hoje aos EUA é uma mulher, que lutou contra a ditadura militar que os EUA promoveram e apoiaram, eleita por seu antecessor, um operário que colocou o Brasil no caminho da soberania e do respeito internacional.

Não importa se o tratamento que eles deram ao seu aliado canino há poucos dias, foi pomposa, cheia de reconhecimentos e salamaleques. Que eles se abracem na decadência anglosaxã. Temos certeza que eles trocariam imediatamente esse apoio caquético por uma aliança estratégica conosco, se estivéssemos dispostos a isso.

Mas não estamos. Temos uma política externa independente, digna, que brecou o projeto norteamericano da Área de Livre Comercio das Américas (ALCA), que rejeita Tratados de Livre Comércio com os EUA, que privilegia a América Latina e seus projetos de integração regional, que prefere as relações com o Sul do mundo que com o Norte.

Não estarão na mesa os grandes temas da política internacional nas reuniões de Dilma com Obama. Porque sobre eles nós temos posições irreversivelmente antagônicas – Cuba, Irã, Palestina, crise econômica interacional, entre tantos outros.

Serão relações bilaterais, sobre temas particulares, entre uma potência decadente e uma potência emergente. Uma que projeta o mundo do século XX e outra que reflete o novo mundo, o do século XXI. Ninguem tem dúvidas qual delas tem projetada uma tendência descendente no novo século e qual tem uma tendência ascendente. Ninguém tem dúvidas que o século norteamericano ficou para trás e o novo século já é o século do Sul do mundo. Como representante desse mundo é que Dilma viaja hoje, digna, com a força moral da nossa soberania, aos EUA.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Deputado Fernando Ferro fala sobre a Operação Monte Carlo