Publicado em 16-Mar-2011
Propostas comerciais precisam sair do discurso para a prática... Como vocês sabem, pelo acompanhamento diário do noticiário, neste sábado o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (Partido Democrata), chegará ao Brasil em sua 1ª visita ao país desde que foi empossado dia 20 de janeiro de 2009.
Com esta viagem o presidente norte-americano tem como objetivo principal abrir mercados para a indústria dos EUA em nosso país, como afirma a excelente reportagem da Carta Capital nesta semana (vejam) - aliás, a melhor de todas as matérias sobre a visita, já que as dos jornais estão com muito oba-oba.
O próprio presidente Obama afirma que quer aumentar o comércio entre EUA e Brasil, e as relações comerciais, principalmente, nas áreas de tecnologia, meio ambiente, energia e petróleo. E o Globo, em artigo do Merval Pereira, antecipa hoje que o 1º mandatário norte-americano quer fechar um importante acordo de antecipação de compra do petróleo do pré-sal para diversificar seus fornecedores de petróleo.
Fica a questão: e as contrapartidas?
Sim, porque dados do nosso Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), divulgados às vésperas desta visita, informam que o país de Obama, o mais tradicional parceiro comercial brasileiro, perde espaço a cada década e a cada ano para a China que já se tornou o principal destino das nossas exportações.
Vejam: na década de 90, os chineses representavam apenas 1,8% dos cerca de US$ 482 bi exportados pelo nosso país; 10 anos depois, nesta 1ª década do milênio, esse volume chinês saltou para 8,3% - cerca de US$ 1,13 trilhão.
Já os norte-americanos apresentaram movimento contrário: em 1990 eram os responsáveis pela compra de 20,35% de tudo o que vendíamos e hoje essa proporção caiu para 16% (leiam, também, o post abaixo "Por que caem as compras dos EUA no Brasil").
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