A matéria do Fantástico sobre a empresa de ônibus TransBrasil, que opera, sob regime de liminar, linhas regulares de transporte rodoviário de passageiros em caráter interestadual. Embora pareça ser matéria bastante objetiva, observa-se que deixa-se de lado o outro lado da moeda.
1 - O veículo que tentou-se incluir na tal empresa é idêntico aquele em que a equipe de jornalismo viajou, também idêntico a veículos em plena operação nas linhas "regulares" operadas pelas maiores empresas do segmento no pais em trechos similares e até maiores que os informados na matéria.
2 - Em momento algum foi dito que as atuais empresas em condição "regular" jamais passaram por licitação pública pra explorar os serviços e que, no segmento, não há e nunca houve concorrência. Muito menos que estes veículos são submetidos aos mesmos critérios de fiscalização e vistoria que aqueles operados pela TCB.
3 - Não se pode atribuir à irregularidades na empresa o acidente destacado na matéria. As condições em que ocorre o evento seriam as mesmas para qualquer outro veículo, regular ou não, que trafegasse pelo referido trecho naquele momento.
4 - Também não foi dito que empresas "regulares" em momentos de grande demanda de passageiros, como feriadões, tem autorização da ANTT para contratar ônibus de terceiros de maneira a garantir a realização dos serviços.
A comercialização de decisões judiciais é crime e deve ser punida, mas tentar atribuir responsabilidade sem avaliar friamente a especificidade de cada situação não é papel do jornalismo sério.
Existe alguma diferença entre os ônibus apresentados a seguir? Só mesmo a pintura das empresas. Ou seja, a GLOBO comprou um ônibus que é de fato usado, mas que ainda encontra-se em operação na maioria das grandes empresas do país. Então, por quê não pode circular?
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1 comentários:
A empresa detentora da liminar certamente está ludibriando a Justiça e comercializando os efeitos de uma liminar que detém, colocando em risco a vida de muitas pessoas. A pergunta que fora feita já apresenta resposta bem após a interrogação. Tá na cara.
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