terça-feira, 4 de junho de 2013

Por que Aécio Neves só é "quase" candidato ao Palácio do Planalto

Um amigo questionou-me recentemente por que escrevi algumas vezes aqui no blog que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é "quase" o candidato dos tucanos à Presidência da República na eleição do ano que vem. Lembra-me o amigo que a candidatura Aécio foi lançada há meses pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com toda a pompa e circunstância num encontro nacional do tucanato em Brasília.

Desde então - e até mesmo antes - Aécio é levado e vai a todos os lugares como candidato ou pré-candidato a presidente. Só não é ainda oficial, porque não chegou o momento de oficializar as candidaturas.
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Alckmin, Serra, FHC e Aécio
Explico-me, vamos por partes: Aécio não é ainda candidato e foi ele mesmo quem disse, ainda que não com estas palavras, que é quase candidato já que primeiro e mais decisivo nesse processo, ele precisa esperar as decisões dos governadores tucanos de São Paulo, do ex José Serra e do atual, Geraldo Alckmin, já que sem São Paulo sua candidatura não vai a lugar nenhum. Alckmin e Serra, derrotados por ele em Minas quando disputaram a Presidência da República em 2002, 2006 e 2010, não manifestaram até agora nenhuma simpatia por sua candidatura.

Quanto a apresentar Minas Gerais, que ele governou por oito anos, como modelo de gestão, como "vitrine" de sua campanha eleitoral  - tal como faz o presidenciável governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) com o seu "é possível fazer mais e melhor" - é dar com os burros n´água.

O governador Aécio quebrou o Estado, governou autoritariamente por leis delegadas impondo-se ao poder da Assembleia Legislativa e a única marca - ou a que ele mais faz questão de destacar de seus dois governos - é um tal choque de gestão, que nada mais é do que corte de investimentos, gastos públicos e de funcionários. Um fracasso rotundo, que prossegue na gestão do governador que ele elegeu, Antônio Anastasia (PSDB).

(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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