segunda-feira, 16 de maio de 2011
INTERNETS
RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com
Skype começou pirata e agora é da Microsoft
O GRANDE evento de tecnologia na semana passada foi a compra do Skype pela Microsoft. Por 8,5 bilhões de dólares (preço inflacionadíssimo), a gigante levou a empresa que permite fazer chamadas gratuitas, videoconferência e ligações telefônicas pela internet.
O que pouca gente se lembra é a origem do Skype. Ele foi feito pelos mesmos criadores do Kazaa, o software de compartilhamento de arquivos usado por milhões de pessoas depois do fechamento do Napster.
O Kazaa inventou um modelo de troca de arquivos descentralizado. A mesma tecnologia, acusada por muitos de "pirata", serviu de base para o Skype. Tanto que o seu nome original era "Sky peer-to-peer" (algo como "de usuário para usuário", em tradução livre).
Esse é um caminho comum em inovações tecnológicas: quando uma nova tecnologia surge, ela é acusada de "pirata" e, algum tempo depois, legitima-se e se torna cultuada.
Quando surgiu o videocassete, a indústria do cinema dizia que ele era tão perigoso quanto o "estrangulador de Boston", pois permitia fazer cópia de filmes. Oito anos depois, a receita com aluguel de fitas representava mais de 70% do faturamento de Hollywood.
O mesmo aconteceu com o YouTube. Quando apareceu, foi acusado de ser uma ferramenta de violação de direitos autorais. Hoje crescem as parcerias do site com a indústria musical e com Hollywood, que acabou de anunciar que vai distribuir filmes através dele.
E vale lembrar que Steve Jobs, da Apple, começou sua carreira como hacker, desmontando computadores para copiar o que tinha dentro e manipulando as redes de telefone dos EUA para não pagar as chamadas.
Resta saber se a compra do Skype pela Microsoft vai congelar o serviço ou fazer com que ele desapareça no meio dos produtos da empresa. Ainda bem que hoje são muitas as alternativas. Para quem quiser fugir, uma lista aqui: bit.ly/g8b7Kk.
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