Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios (ou não?) Mas e se a cena vivida por Gisele acontecesse na vida real? Rob Gordon conta como seria, numa crônica deliciosa. xxx Lingerie Rob Gordon, do blog Championship Chronicles - Querido? - Hum? - Posso falar com você? - Claro. - Olha para mim? - Pronto. Desculpe... Ei, nós vamos sair? - Não, por quê? - Então porque você está trocando de roupa? - Não estou me trocando. - Então porque você está só de calcinha e sutiã? - Porque eu quero falar com você. - Mas você precisava estar sem roupa? - Sim. - Você não está doente, está? - Como assim? - Você aparece aqui quase sem roupa e dizendo que precisa conversar. É sinal que eu vou ter que apalpar algo. Não é câncer de mama, né? Você sentiu algum caroço? - Não é nada disso! - Ok, mas você precisa concorda comigo. Eu apareço na cozinha vestindo cuecas e dizendo que preciso conversar com você. Aposto que você ia pensar na mesma hora que era sobre aquele meu joelho bichado. - Não. Eu iria achar sexy. - Oi? - Sim, eu acharia sexy. Você não me acha sexy com esse lingerie? - Acho. Essa calcinha fica bem em você. Era isso? - Não. Eu quero contar uma coisa. - Diga. - Eu bati o carro hoje. - Pelo amor de Deus! Quando? Você está bem? - Mas não foi nada grave... Só arranhou a porta lá na entrada do prédio. - Quando foi isso? Você se machucou? - Não, não. Eu estou bem, só me assustei um pouco. - Mas quando foi isso? - Foi agora, quando cheguei, faz uma meia hora. - Mas não está doendo nada? Tem certeza? Quer ir ao hospital? - Não, estou bem. Pode ficar tranquilo. - Mas por que você não me avisou? Você entrou em casa, me deu oi, saiu e voltou de novo! - Então, é porque eu fui até essa loja comprar a lingerie. - Oi? - Sim, esta que estou usando. - Essa calcinha é nova? - Sim. - Espere. Deixe eu entender. Você bateu o carro, entrou em casa, e não falou nada. Saiu, foi comprar uma calcinha, voltou, vestiu e decidiu falar sobre o carro? - Isso. - Maristela, você está bem? - Claro. Eu já disse, não machucou. - Não, não é isso. Você não poderia ter entrado em casa e falado “arranhei a pintura do carro, mas estou indo ali comprar uma calcinha e já volto”? - É que eu queria estar sexy para você. - Por causa do carro? - Sim. - Mas não tem porque ficar bonita para isso! - Eu queria. - Você não bateu a cabeça quando bateu o carro? É normal ficar um pouco desorientada... - Claro que não! Estou ótima! - Mas por que você quis ficar sexy para me contar que a porta do carro está amassada? - Ai, Alfredo... Vem cá para perto... - Para de esfregar as mãos nos seios! O que você está fazendo? - Você não gosta? - Claro que gosto, mas você acabou de bater o carro! Não faz sentido. Bater o carro te excita? - Claro que não! - Porque você está estranha. - Ai Alfredo... Estou apenas seduzindo você. - Mas e o carro? Você não está nem aí? - Não, e você? - Não, eu fiquei aliviado por que você não se machucou. Mas fiquei aliviado, e não morrendo de tesão. - Ai, Alfredo... Você é tão devagar... - Tem certeza que isso não te excita? Eu vi um filme uma vez... - Chega, Alfredo. - É sério. As pessoas se excitavam com porrada de carros... - Desisto. - Você não é assim, é? Teve aquela vez que eu dei ré e enfiei o carro num poste e você não ficou assim. Se ralar a pintura deixou você acesa desse jeito, aquela vez deveria ter deixado você em ponto de bala. Foi uma baita pancada. - Como você é grosso, Alfredo! - Não, eu só não entendo a lógica da coisa. Você bate o carro e vem aqui de lingerie me contar. A gente vai comemorar? - Ai, Alfredo, esquece! - Não, eu quero saber. É como se fosse um aniversário de casamento? Esta é a nossa primeira porta amassada do casamento, então você coloca uma calcinha nova, vamos abrir uma champagne... É isso? - Esquece! - Não, senhora! Quero saber de onde você tirou essa ideia! - Não. Vou para o quarto colocar uma calça. - Primeiro, responde. De onde você tirou essa ideia? - Eu vi na TV, ok? - Quê? - Vi uma propaganda que diz que a lingerie sexy ajudar a contar notícias ruins para o marido. - Oi? - É. É isso. Pronto, falei! E você cortou o clima! - Sério, Maristela... Eu não fiquei bravo porque você bateu o carro, eu fiquei preocupado com você. O carro que se foda. Pára de alisar a barriga e fazer biquinho! - Esquece, Alfredo. Você é insensível demais! - Não tem lógica! Quer dizer que se eu perder o emprego, tudo o que preciso fazer é entrar em casa, tirar a roupa e ficar usando uma cueca nova para te contar a novidade? - Eu vou para o quarto! - Isso. Eu vou descer para ver o carro e você vai colocar uma roupa. - Pode apostar que eu vou! Você nunca mais vai me ver de lingerie! - Para de gritar, Maristela. O que é isso? Essa nota aqui? - Que nota? - Maristela, você pagou oitenta paus nessa calcinha! - Não é calcinha, é lingerie! - Oitenta reais? Nisso aí? - Sim! Porque eu queria que você não se magoasse com o carro! - Eu não me magoei! Mas oitenta reais!? Com oitenta reais eu compro cuecas para uns dez anos! E ainda pego umas meias! - Alfredo, você é um insensível mesmo. - Não importa! Oitenta reais? - Eu queria que você não ficasse bravo com o carro! - Não estou bravo com o carro, mas sim com você pagar oitenta reais numa calcinha! - Não é calcinha! É lingerie! - Você que vai pagar a funilaria desse carro, Maristela! |
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Gisele Bündchen na vida real
Blog do Lucas Figueiredo
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