sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Protestos na Europa e nos EUA atestam falência do neoliberalismo, dizem petistas

protesto_wallstreetA crise econômica e os protestos populares contra as instituições financeiras e governos, tanto na Europa como nos Estados Unidos, mostram que o modelo neoliberal faliu. Essa é a avaliação do líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), e do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), membro do parlamento do Mercosul (Parlasul).
Segundo eles, governos populares e democráticos da América Latina, entre eles o Brasil, já mostraram que é possível fortalecer a economia de um país, distribuindo renda, gerando empregos e recuperando a influência do Estado nos rumos da nação.
"Essas manifestações, principalmente contra o sistema financeiro, são positivas. Durante um longo tempo, os operadores do mercado ganharam muito, e não é justo que na hora da crise a população pague a conta. Chegou a hora de a população desses países se beneficiar desses lucros. É hora de distribuir a renda. Se quiserem aprender como se faz, o Brasil pode ensinar", destacou Paulo Teixeira.
Para Dr. Rosinha, a crise em vários países da zona do euro e também nos EUA pode ser explicada pela escolha de um modelo econômico errado. "Vários governos de países da América Latina, como os do Brasil, Argentina e Uruguai, entre outros, priorizaram o desenvolvimento baseado na soberania econômica, redução da pobreza e fortalecimento dos mercados internos. Enquanto isso, os atuais países em crise aprofundavam um modelo econômico que reduzia o poder de regulação do Estado sobre a economia, com a adoção do princípio do Estado mínimo", destacou Dr. Rosinha.
Manifestações - Para o deputado paranaense, as manifestações populares na Europa e nos EUA já acontecem com atraso. Segundo ele, trabalhadores e movimentos sociais da América Latina já tinham, há muito tempo, a consciência de que as verdadeiras transformações em um país ocorrem por meio da mobilização popular.
Dr. Rosinha explicou ainda que os protestos que acontecem nos EUA, Grécia, Itália, Portugal e Espanha, entre outros, apesar de positivos, não podem ser apenas manifestações esporádicas. A seu ver, eles devem resultar em transformação do atual modelo econômico e político adotado nesses países, sob o risco de não passarem de um simples descontentamento momentâneo.
Protestos - Na última quarta-feira (5), mais de 10 mil pessoas ocuparam as ruas de Wall Street, distrito financeiro de Nova York, para protestar contra o sistema financeiro norte-americano. Os manifestantes acusaram essas instituições de "destruírem empregos", e cobravam "punição ás práticas abusivas, irresponsáveis e depredadoras".
Protestos semelhantes, reunindo milhares de pessoas, também já aconteceram em vários países europeus. Nessas manifestações, governos e instituições financeiras também foram acusados de lucrar abusivamente nos últimos anos e de "jogar" o continente na pior crise econômico-financeira do pós-guerra.
Héber Carvalho

Fonte: PT da Câmara

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