A
crise econômica e os protestos populares contra as instituições
financeiras e governos, tanto na Europa como nos Estados Unidos, mostram
que o modelo neoliberal faliu. Essa é a avaliação do líder do PT na
Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), e do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), membro do parlamento do Mercosul (Parlasul).
Segundo eles, governos populares e democráticos da América Latina,
entre eles o Brasil, já mostraram que é possível fortalecer a economia
de um país, distribuindo renda, gerando empregos e recuperando a
influência do Estado nos rumos da nação.
"Essas manifestações, principalmente contra o sistema financeiro, são
positivas. Durante um longo tempo, os operadores do mercado ganharam
muito, e não é justo que na hora da crise a população pague a conta.
Chegou a hora de a população desses países se beneficiar desses lucros. É
hora de distribuir a renda. Se quiserem aprender como se faz, o Brasil
pode ensinar", destacou Paulo Teixeira.
Para Dr. Rosinha, a crise em vários países da zona do euro e também
nos EUA pode ser explicada pela escolha de um modelo econômico errado.
"Vários governos de países da América Latina, como os do Brasil,
Argentina e Uruguai, entre outros, priorizaram o desenvolvimento baseado
na soberania econômica, redução da pobreza e fortalecimento dos
mercados internos. Enquanto isso, os atuais países em crise aprofundavam
um modelo econômico que reduzia o poder de regulação do Estado sobre a
economia, com a adoção do princípio do Estado mínimo", destacou Dr.
Rosinha.
Manifestações - Para o deputado paranaense, as
manifestações populares na Europa e nos EUA já acontecem com atraso.
Segundo ele, trabalhadores e movimentos sociais da América Latina já
tinham, há muito tempo, a consciência de que as verdadeiras
transformações em um país ocorrem por meio da mobilização popular.
Dr. Rosinha explicou ainda que os protestos que acontecem nos EUA,
Grécia, Itália, Portugal e Espanha, entre outros, apesar de positivos,
não podem ser apenas manifestações esporádicas. A seu ver, eles devem
resultar em transformação do atual modelo econômico e político adotado
nesses países, sob o risco de não passarem de um simples
descontentamento momentâneo.
Protestos - Na última quarta-feira (5), mais de 10
mil pessoas ocuparam as ruas de Wall Street, distrito financeiro de Nova
York, para protestar contra o sistema financeiro norte-americano. Os
manifestantes acusaram essas instituições de "destruírem empregos", e
cobravam "punição ás práticas abusivas, irresponsáveis e depredadoras".
Protestos
semelhantes, reunindo milhares de pessoas, também já aconteceram em
vários países europeus. Nessas manifestações, governos e instituições
financeiras também foram acusados de lucrar abusivamente nos últimos
anos e de "jogar" o continente na pior crise econômico-financeira do
pós-guerra.
Héber Carvalho
Fonte: PT da Câmara
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