Há uma relação crescente de confiança e reconhecimento entre a população brasileira e os governos do PT e partidos aliados, laço que tem se fortificado de maneira especial neste Governo Dilma Rousseff. É o que se depreende da pesquisa Datafolha que foi divulgada no final de semana passado e que revela que o governo Dilma é o mais bem avaliado em seu primeiro ano desde a redemocratização, tendo recebido nota média de 7,2.
Os 59% que consideram a gestão Dilma ótima ou boa constituem um recorde de aprovação, à frente dos 50% registrados pelo ex-presidente Lula no primeiro ano de seu segundo mandato (2007). Lula obteve 42% de ótimo/bom no primeiro ano de governo (2003), o que transparece uma linha crescente de aprovação desde que os governos do PT e dos partidos aliados tiveram início.
O fato de que a aprovação de Dilma se mostra estável nas diferentes regiões do país, nas faixas de renda à exceção dos mais ricos (acima de 10 salários mínimos) e também nos diversos níveis de escolaridade só reforça a avaliação de que crescem os laços entre os brasileiros e o projeto de país que tem sido realizado.
Nesse sentido, demonstra-se incompleta a leitura de que é a condução da economia sem turbulências que sustenta a aprovação de Dilma. De fato, nossa economia tem conseguido enfrentar, equilibrar e superar os obstáculos e desafios nos últimos nove anos. Mas não podemos desprezar que parcela significativa da população passou a acessar um conjunto de bens e direitos antes desconhecidos e distantes.
Essa transformação repercute em toda a sociedade, ampliando a confiança e a credibilidade do governo por fazer o que se comprometeu. Afinal, o viés de crescimento econômico, com distribuição e aumento da renda e geração empregos com carteira assinada está presente desde o início do Governo Lula. E foi mantido no primeiro ano do Governo Dilma sem prejuízo dos aperfeiçoamentos necessários e dos ajustes provocados pelo contexto atual. Exatamente como a população escolheu em 2010.
Isso se reflete nos índices de confiança medido pelo Datafolha. Para 60% dos entrevistados, a própria vida vai melhorar em 2012, sendo que 30% acham que ficará igual. Ou seja, para nove em cada dez brasileiros, a situação não irá piorar ?e para seis deles irá melhorar.
Os números do Datafolha comprovam o que temos dito nesses últimos anos: o Brasil passa por uma transformação profunda e consistente que nos levará a índices de desenvolvimento jamais experimentados em nossa história.
Há uma nova classe trabalhadora em formação no país, oriunda do acesso a bens e direitos que antes lhe eram negados e que agora são palpáveis. Uma classe que têm esperança e já vivencia as conquistas do aumento da renda e do emprego dos últimos nove anos.
Diante desse contexto, a responsabilidade dos nossos governos e atuações políticas fica ainda maior. Ao PT e partidos aliados, cabe trabalhar para reforçar os laços de respeito e sinceridade que se estabeleceram desde que chegamos ao governo federal. Ao país, cabe realizar as reformas política e tributária e aprofundar o conjunto de transformações ora em curso.
Esse é o caminho que estamos trilhando, no rumo certo.
José Dirceu, 65, é advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT
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