quinta-feira, 14 de julho de 2011

Delegacia Especializada de combate a crimes Cibernéticos de MG não tem acesso a WEB.


Cibernéticos

Quem chama para o desafio, dá as condições. Pelo visto, não é o caso. O Estado implantou ali um link de apenas 512 kbites, repartido por 80 computadores. Qualquer usuário deste serviço hoje trabalha na faixa dos gigabites, pessoa física. Os crimes nesta seara cresceram uma barbaridade! Na faixa de 40% a cada ano. Eles se situam contra o patrimônio (estelionato), pornografia infantil, honra, etc. A título de ilustração, um caso que mereceu apuração recente: uma moça de BH conheceu um rapaz dos EUA. Este prometeu com ela casar aqui, inclusive para facilidade na obtenção de dupla cidadania. A virgem idolatrada, então, mandou o dinheiro para o mancebo comprar a passagem. Até hoje ela espera a sua chegada em Confins... do Judas. Outro caso, muito comum, é o de financiamento pela internet. Como dinheiro na mão é vendaval, o proponente acerta o envio da grana, desde que o tomador adiante para si os 10% do montante. O DEICC tem função social, também trabalha com a prevenção. Enganam-se os bocoiós que, por falsa crença, pensam que existe anonimato na rede. A polícia sabe chegar, assim como os hackers. Ah! Recentemente, houve uma condenação por 11 anos e seis meses de cadeia a um espertinho fazedor de sites falsos, mais lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Uma suposta vítima de crime pela internet, a ferramenta integrada ao cotidiano do brasileiro comum, procurou, dia destes, a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes Cibernéticos, na Avenida Nossa Senhora de Fátima, 2855, em BH. Ela levou seus queixumes para averiguação no setor responsável pela apuração de crimes cometidos por meio da sedutora ferramenta tecnológica. Deu com a cara na porta! Além de encontrar a turma da Polícia Civil em estado de catatonia no trabalho, por conta de inúmeras reivindicações, foi informada de que, por ausência de acesso à rede mundial de informações, nada poderia ser feito em seu caso. Ou seja, a DEICC não tem acesso à internet. O que dá para rir, também dá para chorar.

Marcio Fagundes
Do jornal Hoje em Dia

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