quarta-feira, 27 de julho de 2011

Governo de MG poupa R$ 2,5 mil por mês tirando do ar o melhor programa de entrevistas do rádio brasileiro

Marco Lacerda, idealizador do Frente e Verso: a cultura em Minas não vale R$ 2,5 mil por mês

O filósofo Renato Janine Ribeiro, o crítico teatral Sábato Magaldi, os jornalistas Lucas Mendes, Sílvio Lancellotti, Carlos Brickman, Teté Ribeiro, César Giobbi, Fernão Lara Mesquita, Maurício Kubrusly, Moisés Rabinovici e Arthur Dapieve, o arquiteto Sylvio de Podestá, a bailarina e coreógrafa Dudude Herrmann, os escritores Nélida Piñon, Edla van Steen, Regina Rheda e Carlos Alberto Ratton, o diretor de teatro Pedro Paulo Cava, a fotógrafa Vânia Toledo... É grande a lista dos inconformados com o fim do programa de entrevistas Frente e Verso, que o jornalista Marco Lacerda comandava havia quatro anos naRádio Inconfidência, de Belo Horizonte.

O melhor programa de entrevistas do rádio brasileiro foi exterminado sob a justificativa de que a emissora, controlada pelo Governo de Minas Gerais, não poderia mais arcar com os custos do único funcionário que produzia o programa. A economia para os cofres públicos de Minas será de de R$ 2.500 por mês .

Nélida Piñon, ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, resume o gesto. “Entristece-me que silenciem aos poucos, sob alegação torpe e inaceitável, um programa que instigava o debate das idéias, as confidências da arte, a aposta em um Brasil que corresponde ao nosso sonho. Que tristeza. Minas e nós não merecíamos esta sangria cultural.”

Entre 2008 e2011, Marco Lacerda realizou para o Frente e Verso cerca de 150 entrevistas com algumas das personalidades mais expressivas da cultura brasileira nas áreas de literatura, artes, música, ciência, antropologia, sociologia etc.


Fonte: Lucas Figueiredo

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