segunda-feira, 29 de março de 2010

PT define nesta terça (30) nome que vai concorrer ao Governo de Minas

Até agora, nem Patrus nem Pimentel mencionou a intenção de abrir mão da candidatura


Arquivo Hoje em Dia

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Pimentel ou Patrus: decisão sai nesta terça (30)

O PT mineiro decide, nesta terça-feira (30), o nome do pré-candidato do partido à sucessão do governador Aécio Neves (PSDB). A disputa envolve os nomes do ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e do ex-prefeito de BH Fernando Pimentel. O indicado, além de ter de apaziguar o clima de confronto interno no PT, terá de conseguir atrair o PMDB para a formação de uma chapa única e consolidar a candidatura da base aliada do presidente Lula em Minas.

Lula trabalha para a formação de apenas um palanque para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência. Diante do imbróglio no PT, os peemedebistas davam como certa a preferência de Lula pelo nome do ministro Hélio Costa (Comunicações). No entanto, com o impasse interno resolvido, os petistas apresentarão ao presidente Lula o nome do candidato petista nesta quarta-feira (31).

“Vamos jantar com os dois candidatos e a comissão interna do partido e anunciar o nome”, disse o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes.
Até agora, nem Patrus nem Pimentel mencionou a intenção de abrir mão da candidatura. Patrus chegou a defender o instrumento das prévias para a escolha do candidato do PT. Já Pimentel queria assegurar seu nome ancorado num “potencial eleitoral” baseado nas pesquisas de opinião.

Agora, os dois se mostram unidos e dispostos a apoiar um ao outro na corrida eleitoral. “O clima é de entendimento. Assim que o nome do pré-candidato estiver confirmado, vamos levá-lo ao presidente Lula. Na nossa visão, o PT tem condição de vencer as eleições em Minas”, afirmou Lopes.


Desincompatibilização


Os principais nomes da política mineira, que têm a intenção de concorrer às eleições, deverão deixar seus cargos amanhã. Conforme a legislação eleitoral, o processo de desincompatibilização dos cargos deve ocorrer até 3 de abril. No entanto, em função do feriado, os pré-candidatos anteciparão a data e o início da corrida pelo Palácio da Liberdade, pelo Senado e, quem sabe, até pela Presidência da República.

As exceções se dão no caso do vice-governador Antonio Anastasia e do vice-presidente da República José Alencar (PRB). O vice-governador, que será empossado nesta quarta (30) governador de Minas, é pré-candidato ao Governo pelo PSDB. Anastasia receberá o cargo das mãos do governador Aécio Neves que, oficialmente, sai para disputar o Senado. No entanto, há ainda no ninho tucano um esforço para que o mineiro ocupe a vaga de vice na chapa presidencial encabeçada pelo governador tucano, José Serra (São Paulo). Aécio, até agora, resiste à ideia.

A situação de Alencar também é cômoda. O vice-presidente não precisa sair do Governo para concorrer a uma cadeira no Senado. Só se tornaria inelegível caso assumisse a Presidência interinamente.

Segundo nome da linha sucessória, o presidente da Câmara e do PMDB, Michel Temer, também ficaria inelegível se assumir interinamente a Presidência da República. Essa possibilidade, por enquanto, está descartada, já que a prioridade do peemedebista é ser vice na chapa de Dilma. O deputado disputa a vaga com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, preferido de Lula. No caso de Temer ficar com a vaga de vice de Dilma, o próximo na linha sucessória é o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A disputa pelo Governo mineiro também envolve os nomes dos ministros Patrus Ananias e Hélio Costa, além do ex-prefeito Fernando Pimentel. A saída de Patrus do cargo depende das negociações internas no PT. O partido promete para hoje divulgar, entre Patrus e Pimentel, o nome do pré-candidato petista ao Governo de Minas. No Governo federal, não há discussão alguma com relação ao substituto de Patrus.

Já o peemedebista Hélio Costa aguarda a definição no PT para definir seu futuro: se tenta a reeleição para o Senado ou se sai candidato ao Governo de Minas Gerais. Agora, no caso de o PT confirmar uma pré-candidatura no Estado, o peemedebista deve seguir o caminho do Senado. Afinal, interlocutores do ministro avaliam como de alto risco uma candidatura própria do PMDB sem o apoio do PT ou do PSDB. Em Brasília, também não está definido o nome do provável substituto de Costa. Ele manteve, nos últimos dias, uma postura pública mais discreta com relação ao processo sucessório. O peemedebista aguarda a definição do PT. O ministro espera, ainda, no plano nacional, a próxima reunião que o presidente Lula vai ter com as lideranças nacionais do PT e do PMDB, prevista para acontecer amanhã, quando vence o prazo para os ministros que vão disputar as eleições deixarem os cargos.

Jornal Hoje em Dia


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